quarta-feira, 8 de junho de 2011

MILITARES CEDEM APÓS ASSEMBLÉIA - POLICIAIS CIVIS E PROFESSORES SEGUEM FORMES COM MUITA DETERMINAÇÃO RUMO AOS SEUS OBJETIVOS

Policiais civis, professores e militares protestam em Belo Horizonte

Aproximadamente cinco mil manifestantes se reuniram no Centro de BH.
Professores da rede estadual anunciaram greve por tempo indeterminado.

Do G1 MG
Policiais civis e militares, bombeiros militares e professores da rede estadual de Educação protestaram, na tarde desta quarta-feira (8), em diversos pontos de Belo Horizonte. As classes reivindicam melhores salários. Por volta das 17h, os grupos se encontraram na Praça Sete, no Centro de BH. De acordo com a Polícia Militar (PM), aproximadamente cinco mil pessoas se reuniram no local.

Os policiais civis começaram a passeata na Praça da Liberdade e caminharam pelas ruas do Centro em direção à Praça Sete. A manifestação dos professores da rede estadual se iniciou após uma reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
As passeatas provocaram congestionamentos em várias avenidas e ruas da capital mineira.
Professores
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindiute) de Minas Gerais informou que a partir desta quarta-feira (8) os professores da rede estadual estão em greve por tempo indeterminado. A categoria quer o reajuste do piso salarial dos profissionais com nível médio que cumprem jornada de trabalho de 24 horas semanais.
Segundo o sindicato, cerca de 60% das escolas de Belo Horizonte não vão funcionar em decorrência da paralisação. Durante a manhã desta quarta-feira (8), muitos alunos que não sabiam sobre a greve encontraram as instituições de ensino com as portas fechadas.
O Governo de Minas Gerais informou que continua em aberto para negociar com os professores do estado, mas o piso salarial da categoria corresponde ao modelo de remuneração nacional. As diferenças entre os salários dos mineiros e dos profissionais de outras regiões do Brasil é resultado da carga de trabalho. Enquanto em MG, o piso salarial é de R$ 1,122 mil para 24 horas semanais. O valor federal é de R$ 1,187 mil para uma jornada de até 40 horas por semana.
Policiais civis
Manifestantes da Polícia Civil de Minas Gerais também se reuniram para reivindicar o reajuste salarial e melhores condições de trabalho. No dia 10 de junho a categoria deu início a uma paralisação por tempo indeterminado.
De acordo com informações do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado (Sindipol-MG), um dos pedidos da categoria é que o pagamento de escrivães e investigadores, que atualmente recebem salário-base de R$ 2.040, seja igualado ao dos peritos, cujo salário inicial é de R$ 4.420. Eles reivindicam também a equiparação do pagamento dos delegados, que atualmente recebem salário-base de R$ 5.700, com os dos promotores públicos, que têm salário base de R$ 21.000. A categoria pede, ainda, reajuste para os servidores administrativos, cujo salário-base é de cerca de R$ 540, segundo dados do sindicato.
O Governo de Minas Gerais propôs um reajuste de 74% à classe, sendo que o valor é escalonado e o último aumento vai ser concedido em 2015. Segundo a assessoria do governo, os policiais não recusaram e nem aceitaram oficialmente a proposta e nenhuma decisão será tomada até que o impasse seja resolvido.
O sindicato informou que as delegacias funcionam normalmente, mas alguns serviços deixaram de ser oferecidos à população. Segundo o sindicato, em caso de acidente sem mortos, a Polícia Civil não vai comparecer para realizar a perícia. Exames de corpo de delito, de responsabilidade do Instituto Médico Legal (IML), também não serão realizados. No Instituto de Identificação, o atendimento vai ser feito somente durante o período da manhã. Ainda de acordo com o Sindipol-MG, durante a greve, não serão feitas intimações para depoimentos e não serão instaurados inquéritos, com exceção de casos que envolvam réus e flagrantes.
Policiais e bombeiros militares
A Associação dos Oficiais da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais assinou, nesta quarta-feira (8), o acordo de reajuste proposto pelo governo do Estado. O aumento é o mesmo sugerido aos policiais civis e consiste em acréscimo de 74%, escalonado até 2015.
De acordo com o Governo de Minas, os militares que se manifestaram, na tarde desta quarta-feira (8), pertencem a um pequeno grupo insatisfeito com a decisão da categoria.
 

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