quarta-feira, 8 de junho de 2011

AINDA EM CLIMA DE GREVE POLICIAIS E PROFESSORES PARAM CENTRO DE BELO HORIZONTE

Policiais de MG rejeitam proposta e mantêm greve

Belo Horizonte - Policiais civis de Minas Gerais decidiram hoje rejeitar proposta de reajuste do governo, mantiveram o estado de greve iniciado há cerca de um mês e ameaçam parar de vez as atividades. Após a decisão, centenas de profissionais que participaram da assembleia da categoria na Praça da Liberdade, antiga sede do Executivo estadual, seguiram em passeata para a Praça Sete, no centro da cidade, onde se encontraram com professores estaduais, que também decidiram hoje, em reunião em frente à Assembleia Legislativa, manter paralisação iniciada na semana passada. O tráfego praticamente parou na região central da capital.

Ontem, cerca de 400 delegados da Polícia Civil já haviam feito manifestação na sede do Legislativo mineiro, também em protesto por aumento de salário e melhoria nas condições de trabalho. Eles ameaçaram ainda usar as viaturas para levar para as penitenciárias os mais de 8 mil presos que atualmente estão sob custódia da polícia em delegacias do Estado.

Durante encontro na segunda-feira, 6, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, apresentou aos policiais civis e militares proposta de reajustes escalonados até 2015. Pela proposta, os integrantes das forças de segurança, incluindo inativos, receberiam 7% de reajuste em dezembro, 10% em outubro de 2012, 13% em agosto de 2013, 15% em junho de 2014, 12% em dezembro do mesmo ano e 15% em abril de 2015. "Acredito que é um valor que jamais foi esperado pela categoria. Nós estamos conseguindo atender a essa reivindicação e sabemos que chegaremos ao final como sendo o Estado com o melhor salário para as polícias", disse a secretária.

No mesmo dia, os representantes da categoria já haviam indicado a intenção de recusar a proposta, decisão confirmada hoje na assembleia. Durante o encontro, os policiais ainda receberam mensagem do governo aumentando para 10% o primeiro reajuste, que seria concedido em outubro ao invés de dezembro, mas a proposta também foi rejeitada.

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