sexta-feira, 14 de março de 2014

Serviços começam a chegar à Vila Kennedy, Rio, após ocupação da PM

14/03/2014 07h27 - Atualizado em 14/03/2014 07h27


Limpeza das ruas e reparos na rede elétrica começaram nesta sexta (14). 
Após o reforço da PM, será instalada a 38ª UPP da cidade na região.

Do G1 Rio
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Após a ocupação da Polícia Militar na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, começaram a chegar os primeiros serviços de manutenção na comunidade, que eram muito esperados por moradores. Como mostrou o Bom Dia Rio nesta sexta-feira (14), houve limpeza nas ruas e vielas além de reparos na rede elétrica feitos por equipes da Rio Luz. O Secretário Estadual de Assistência Social, Pedro Fernandes, disse que os próximos passos da ocupação darão mais dignidade à população.
“O Governo do Estado não chegará só com polícia, vai chegar com todos os órgãos públicos do estado, da prefeitura, com todos os nossos parceiros e concessionárias para poder dar dignidade para os moradores”, contou.
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) será a 38ª da cidade e a terceira da Zona Oeste. As outras trinta e sete já instaladas contam com um efetivo de mais e 9 mil policiais. Segundo a Secretaria de Segurança (Seseg), 1,5 milhão de moradores foram beneficiados pelo projeto. A maior parte das unidades está instalada na Zona Norte, onde foram criadas 23 bases. Na Zona Sul foram instaladas oito unidades e no Centro outras três.
A Baixada Fluminense tem uma UPP, em Duque de Caxias. O Secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, ressaltou nesta quinta que o programa trouxe avanços significativos na segurança da maioria das comunidades ocupadas. Apesar disso, reconhecer a dificuldade enfrentada em duas delas: Alemão e Rocinha, onde os confrontos e ataques a policiais têm se refletido com frequência.
No ano passado, a Prefeitura do Rio tentou iniciar a construção de uma clínica da família na área de Vila Kennedy. Mas os traficantes não permitiram e ainda roubaram equipamentos que seriam usados na obra. A prefeitura disse que a obra será retomada e que outros serviços também chegarão. Os moradores aguardam a prosperidade em uma comunidade que passou décadas sob o domínio do poder paralelo.
“Eu quero lazer para os meus netos, eu quero segurança, quero que a vinda da UPP para a Vila Kennedy que a gente possa ter oportunidade de tudo dentro da Vila Kennedy", contou Neuza Maria, moradora da região.
Ocupação
O chefe de Estado Maior Operacional da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Paulo Henrique Moraes, informou que, por volta das 6h desta quinta-feira (13), a Vila Kennedy, onde será instalada a 38ª UPP do Rio, estava ocupada pelas forças de segurança. Segundo a Secretaria de Segurança, a comunidade, na Zona Oeste, foi ocupada em 20 minutos sem resistência ou disparo de tiros.
Até as 12h, 11 pessoas tinham sido detidas; quatro pistolas, 1 fuzil, duas motos e dois carros foram apreendidos. Cinquenta homens do Bope vão permanecer na comunidade até que a UPP possa ser instalada.
Ainda segundo Moraes, a UPP da Vila Kennedy terá 250 homens. Segundo ele, a comunidade é relativamente pequena, menos adensada que o Jacarezinho, na Zona Norte, por exemplo.
Além dos dos 300 homens que estão participando da ocupação, outros 350  estão em “operaçoes satélites”, ou seja, estão em outras operações que estão sendo realizadas por outros batalhões, como na Favela Rola, na Zona Oeste do Rio, e no Morro do Chapadão, na Pavuna, no Subúrbio. O objetivo é evitar  a fuga dos bandidos da Vila Kennedy para outras localidades.
O coronel Paulo Henrique Moraes disse ainda que o fato de a ocupação ocorrer no  meio da semana não é novidade. “Elas [ocupações] são organizadas para que sejam menos prejudicial para a população]. Segundo ele, a orientacão é para que os moradores levem a vida normalmente.
Segundo Moraes, a primeira avaliação da polícia indica que a UPP vai ser instalada na localidade conhecida como Largo do Leão. Ele também informou que operações de preparação para a instalação da UPP ao longo das últimas semanas já resultaram em 26 prisões.
“A gente tem problema em uma ou duas, que são mais populosas e ultrapassam 100 mil habitantes. Então ai nós temos problemas e são problemas difíceis de resolver por causa da topografia, por causa questão urbanística e por causa da tirania do tráfico que age com terror pra cima dos policiais”, explicou, ele, que acrescentou que a polícia continuará com o trabalho intenso de investigações e prisões.
Arte UPPs Rio (Foto: Editoria de Arte/ G1)

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