Em nova manifestação, bombeiros se reúnem com presidente da Alerj
Secretário de governo também participa de encontro nesta manhã.
Bombeiros reivindicam melhoria nas condições de trabalho.
A reunião, segundo a assessoria de imprensa da Alerj, teve início por volta das 9h40. Os manifestantes fazem protesto na escadaria da Alerj nesta manhã.
O grupo pede o cancelamento de inquéritos abertos contra eles, auxílio transporte para os bombeiros militares e melhores condições de trabalho. Além disso, os bombeiros reivindicam o aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil no lugar de gratificações e que seja reconsiderada a decisão do comando geral que, segundo os manifestantes, teria transferido 36 servidores, como retaliação, por participarem dos atos de protesto.

nos finais de semana (Foto: Thamine Leta/G1)
“Se a situação não se normalizar até quarta-feira, configura-se o crime de deserção, já que os profissionais estarão sem trabalhar há sete dias. A partir de terça, se a paralisação continuar, vamos iniciar a contratação de guarda-vidas temporários, faremos como São Paulo faz em épocas de grande movimento, reforçar o contingente com civis”, explicou o secretário.
Bombeiros presosNa sexta-feira (13), a Justiça decretou a prisão de cinco bombeiros que seriam líderes da greve da corporação no Rio. De acordo com o secretário, um capitão foi preso e outros quatro bombeiros são considerados foragidos, pois não foram encontrados em suas residências.
Segundo o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado, a adesão à paralisação chega a aproximadamente 75% em todo o estado. No entanto, segundo as autoridades, todos os postos de salvamento estão funcionando e possuem profissionais qualificados para casos de emergência. “É um movimento criminoso e irresponsável contra a população do Rio. É faltar com um serviço essencial”, disse Manchado.
Guarda-vidas
Segundo os autos do inquérito policial militar, os acusados, através de um movimento que, inicialmente, visava buscar por melhores condições de trabalho e melhorias salariais, passaram a promover o incitamento de outros militares, principalmente os bombeiros militares dos Grupamentos Marítimos, a cometerem diversos crimes militares.
“Os militares aderentes ao movimento vêm abandonando suas funções de defesa civil, deixando exposta a população carioca e seus visitantes, que, por exemplo, nas praias, como tem sido noticiado em toda a mídia, não têm contado com a imprescindível presença dos guarda-vidas do G-Mar, sujeitando a risco de morte os seus frequentadores”, disse a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros.
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Governador critica greveO governador do Rio, Sérgio Cabral criticou a manifestação dos bombeiros na quinta-feira (11). Segundo Cabral, o comando da corporação acompanha os protestos e pode haver punições. O governador afirmou que os protestos seriam liderados por um militar que já trabalhou com um político e classificou a manifestação de "ato político".
"Meia-dúzia de 30 pessoas estavam impedindo que milhares de pessoas se locomovessem, impedindo a mobilidade dessas pessoas. O comando está identificando quem são os líderes, porque quando você abandona o seu trabalho para fazer esse tipo de prática, está, primeiro, desrespeitando o regimento da corporação. Isso está sendo cuidado pelo secretário e o comandante do Corpo de Bombeiros. Agora, infelizmente tem um incitamento por trás. Temos informações de político estimulando, pagando ônibus, pagando coisas. É lamentável", disse.
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