terça-feira, 17 de maio de 2011

Suspeita-se que literalmente houve uma queima de arquivos.

17/05/2011 19h35 - Atualizado em 17/05/2011 19h50

Boate de empresário que filmou extorsão pega fogo em BH

Dono do local havia gravado funcionária da prefeitura pedindo propina.
Polícia investiga se incêndio foi criminoso.


Do G1 MG

A boate do empresário que havia filmado uma funcionária da prefeitura e um policial militar pedindo propina pegou fogo, nesta terça-feira (17), em Belo Horizonte. A polícia informou que vai investigar se o incêndio foi criminoso. A funcionária da prefeitura e o policial foram presos na terça-feira (10), logo após serem flagrados extorquindo o dono da boate.
De acordo com a polícia, a porta da boate tinha sinais de arrombamento e foi encontrado um galão de gasolina no local. O fogo destruiu o sistema elétrico e queimou as paredes.
Os discos com as imagens do circuito interno da casa noturna foram levados. Segundo a polícia, apenas o computador com os discos foi violado, todos os outros equipamentos foram queimados.
A polícia disse que o laudo da perícia com as causas do incêndio deve sair em um mês. O advogado do dono da boate disse que ele não vai reabrir o local.
Entenda o caso
Nas imagens gravadas pelo empresário (veja o vídeo), a funcionária da prefeitura chega no horário combinado para receber o pagamento. Ela está acompanhada de um policial militar à paisana. Os dois entram no escritório da boate. A mulher se identifica, recebe um cheque de R$ 30 mil e passa um recibo como se tivesse prestado consultoria.
O proprietário da boate disse que a mesma mulher já havia pedido dinheiro outras vezes para que o local não fosse interditado. Ainda segundo ele, só foi possível obter provas desses pagamentos porque a fiscal não percebeu que as reuniões feitas na empresa dele eram gravadas por câmeras de segurança.

O empresário entregou as imagens à polícia. Ele afirmou que, em um dos encontros com a funcionária da prefeitura, pagou R$ 13 mil. Em outra ocasião, o acerto teria sido feito na própria prefeitura.
O empresário disse à polícia que a funcionária pública agia com pelo menos nove pessoas, que se apresentavam como fiscais do meio ambiente. Ao todo, o grupo teria pedido R$ 80 mil para não fechar a boate.
Antes de ser encaminhado à delegacia, o militar disse aos policiais que apenas acompanhava a mulher e que desconhecia qualquer irregularidade. A funcionária da prefeitura foi exonerada do cargo nesta quinta-feira (12).
Ainda segundo a prefeitura, a boate não tinha alvará de funcionamento e o proprietário não teria cumprido os prazos para regularizar a situação. O estabelecimento foi interditado na última sexta-feira (6).

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