Aldeia em MG recebe restos mortais de índio que morreu na Alemanha
Borum Kuêk viajou para a Europa em 1818 a convite de um príncipe alemão.
Urna com restos do indígena foram entregues para a comunidade Krenak.
Neste fim de semana, o cônsul adjunto da Alemanha no Brasil, Macos Hass, entregou ao prefeito de Jequitinhonha, Roberto Botelho, uma urna coberta pela bandeira brasileira com os restos mortais de Borum Kuêk. “Devido às manifestações dos povos indígenas, a gente viu que o melhor final foi este porque todos eles aguardavam o retorno ansiosamente, ao longo destes quase 200 anos”, disse Botelho.
A relíquia foi repassada aos indígenas, que vão levá-la para a aldeia Krenak, em Resplendor, no Vale do Rio Doce. A comunidade vai realizar um ritual fúnebre, de acordo com as tradições. “Eles trocaram experiências sobre a vida, a língua dos Krenak, sobre o Brasil, sobre as ciências naturais”, disse o cônsul adjunto da Alemanha no Brasil, Macos Hass.
De acordo com a história contada pelos índios, Borum Kuêk nasceu em 1804. Em 1815, o príncipe Maximiliano chegou ao Rio de Janeiro. Dois anos depois, ele percorreu os estados do Espírito Santo e Bahia e, em seguida, se instalou em Minas Gerais. O príncipe conheceu o índio durante uma visita ao Vale do Mucuri e às terras do Rio Grande do Belmonte, o Rio do Jequitinhonha. Em 1818, Borum Kuêk e o membro da realeza alemã viajaram para a Alemanha.
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