quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PCC Mineiro » Delegada diz que Pezão dedica seus conhecimentos ao crime Delegada que ouviu Pezão, chefe de Quén-Quén, ressalta a esperteza e periculosidade do criminoso, que tem histórico de crimes com 13 páginas e começou crimes na cidade do Vale do Mucuri

Andréa Silva - Aqui
Publicação: 12/10/2011 11:05 Atualização: 12/10/2011 12:45
 (Marcos Vieira/EM/D.A Press)


O histórico de crimes de Ângelo Gonçalves de Miranda Filho, de 29 anos, o Pezão (foto), apontado como um dos líderes do tráfico de drogas em Minas, somam treze páginas. Entre eles, assassinatos, tentativas de homicídios, porte e tráfico de entorpecente e extorsão. Há ainda lavagem de dinheiro, assalto, porte de arma e formação de quadrilha. Preso na sexta-feira em Santos (SP), o criminoso, considerado um dos mais perigosos de Minas, esteve ontem no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Lagoinha, Região Nordeste de Belo Horizonte. Ele foi prestar esclarecimento por ser o possível mandante das mortes e tentativas de execuções atribuídos ao seu braço direito, Bruno Rodrigues de Souza, de 23, o Quén-Quén, também capturado na semana passada no litoral paulista.

De boa articulação e muito inteligente, Pezão, que também é conhecido como Anjinho, pensava muito antes de responder ao interrogatório conduzido pela delegada Alessandra Wilke, titular da Delegacia de Homicídios Noroeste. Ela é a responsável pelas investigações de oito dos dez assassinatos que recaem sobre Bruno de Souza, além do latrocínio do agente penitenciário e as tentativas de homicídio contra os sete agentes da Polícia Civil. “Primeiro tive uma conversa informal com o Ângelo. Conversamos sobre questões pessoais, da vida dele em Teófilo Otoni, a amizade iniciada na infância com o Quén-Quén, até chegar nas acusações de tráfico de drogas e assassinatos”, afirmou a delegada.

As fichas com as prisões Pezáo revelam que os primeiros contatos dele com o tráfico de drogas aconteceram ainda em Teófilo Otoni (Vale do Mucuri), sua cidade natal, antes de completar 18 anos. Alessandra Wilke informou que na última década a cidade se transformou em um reduto para bandidos da organização criminosa de São Paulo, Primeiro Comando da Capital (PCC). “Ardiloso e astuto, Pezão passou a se impor a partir desse contato com os criminosos paulistas. Ele conquistou respeito e conseguiu se colocar como líder”, disse Alessandra Wilke. De 2003 a 2008, passou em sete unidades prisionais de Minas, até fugir para São Paulo. Tem duas condenações, uma por tráfico de drogas e outra por extorsão.

Desde a fuga, em 2008, da Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, Pezão assumiu uma nova identidade. Desde então passou a se dividir entre Minas e São Paulo para evitar de ser encontrado pela polícia.
Fonte: Estado de Minas

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