terça-feira, 16 de julho de 2013

'Foi uma ação planejada', diz líder do AfroReggae sobre fogo em pousada

16/07/2013 12h52 - Atualizado em 16/07/2013 12h52


Grupo iniciaria projeto social no Alemão, no dia 5 de agosto.
José Júnior diz que desde que fez denúncias, 'coisas estranhas' acontecem.

Alba Valéria MendonçaDo G1 Rio
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José Junior, coordenador do AfroReggae (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)José Junior, coordenador do AfroReggae, diz que
ação foi planejada (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
"Foi uma ação orquestrada, planejada, feita por gente de fora do Alemão e que tem a ver com as denúncias que venho fazendo sobre determinadas pessoas. Desde fevereiro acontecem coisas estranhas com o pessoal do AfroReggae. É integrante assassinado, tiros na Corrida da Paz e agora esse incêndio. Não posso afirmar com 100% de certeza porque não tenho provas materiais, mas tenho 20 anos de trabalho em favela, com pessoas que saíram do tráfico e sei que vandalismo não existe. Na favela, as coisas acontecem porque alguém manda", desabafou José Júnior, coordenador do grupo AfroReggae, ao chegar à 22ª DP (Penha), na tarde desta terça-feira (16).
Ele foi à delegacia para acompanhar o andamento das investigações sobre o incêndio que destruiu parte da pousada do projeto "Na Favela" - que seria inaugurado no dia 5 de agosto - e da redação do jornal comunitário "Voz da Comunidade", no Beco da União, na localidade da Grota, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. O incêndio atingiu o primeiro e o terceiro andar do prédio de três pavimentos.
Suspeito
Júnior disse que recebeu informações de que de duas a quatro pessoas invadiram a pousada, na madrugada desta terça. O rapaz que está sendo investigado como suspeito do incêndio, Wagner Moraes da Silva, de 20 anos, não é morador nem é conhecido na região. Ele teve 30% do corpo queimado e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
"Imagina se o projeto já estivesse em andamento. Teríamos de 20 a 30 universitários voluntários dormindo lá. Ninguém ia conseguir sair. Ia ser um atentado. Isso não foi por acaso e só aconteceu porque teve a 'permissão de alguém'. Na favela, não tem vandalismo, porque vândalo em favela morre. Isso é coisa de gente, de um pobre coitado, que está cumprindo ordens de alguém. Não nos interessa saber quem  fez isso. Queremos saber quem é o mandante, que está tentando prejudicar o AfroReggae e destruiu a redação do jornal comunitário", enfatizou o líder do AfroReggae.
Fonte: G1

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