segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Teste com tiros é feito em casa de família de PMs morta em SP

19/08/2013 06h52 - Atualizado em 19/08/2013 07h10

Garoto de 13 anos é apontado como suspeito de crime na Brasilândia.

Aparelhos que medem ruído foram instalados em casas vizinhas.

Do G1 São Paulo

 
Peritos fizeram na madrugada desta segunda-feira (19) testes com tiros dentro da casa onde a família dos policiais militares Luís Pesseghini e Andréia Regina Bovo Pesseghini foi morta na Vila Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo. O objetivo do Instituto de Criminalística foi confirmar se a vizinhança pode ter ouvido os disparos dados pelo assassino entre a noite do dia 4 e a madrugada do dia 5 de agosto. O garoto Marcelo Pesseghini, de 13 anos, é apontado pela polícia como suspeito de matar os pais, a avó e a tia-avó.
Dois aparelhos que medem ruído foram instalados em casas vizinhas na Rua Dom Sebastião. Vários disparos foram dados com uma arma semelhante à utilizada no crime - uma pistola .40. Um perito constatou que, de fato, os disparos podem ter sido ouvidos pelos vizinhos. Jornalistas tiveram que permanecer à distância.
Durante as investigações, que entram na terceira semana, alguns vizinhos disseram ter ouvido disparos que mataram o sargento da Rota Luís Pesseghini e a cabo da PM Andréia Regina Bovo Pesseghini, a avó Benedita de Oliveira Bovo, e a tia-avó Bernadete Oliveira da Silva. A investigação aponta que, depois, Marcelo foi para a escola com o carro da mãe de madrugada, assistiu às aulas pela manhã, retornou de carona para a residência da família na Brasilândia, e se matou.
Videogame
O advogado Arles Gonçalves Júnior, presidente da comissão de segurança da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), disse nesta sexta-feira (16) que o garoto teria sido “influenciado” por jogar muito videogame. O advogado tem acompanhado as investigações por parte do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e garantiu que estão sendo feitas de forma “correta, transparente, serena e legal”.  Ele acompanhou os depoimentos de 16 pessoas das 31 chamadas pela Polícia Civil para poder traçar o perfil da família de policiais militares.
O garoto usava a imagem de um assassino de videogame no seu perfil do Facebook há um mês. O suspeito havia trocado sua foto de perfil no dia 5 de julho, passando a utilizar a imagem de um matador do game "Assassin’s Creed". Esta foi a última atualização de Marcelo na rede social.

Para o advogado, os laudos deverão reforçar ainda mais a versão de que Marcelo Pesseghini é o autor da chacina na Brasilândia. “Esse caso é um divisor de águas. Os pais terão de repensar as suas posições, os policiais terão de repensar as suas posições, e a imprensa terá de repensar a abordagem de alguns casos”, afirmou. Fonte: G1

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