quinta-feira, 1 de agosto de 2013

'Eu cometi erros', diz Cabral sobre onda de manifestações no Rio

01/08/2013 10h12 - Atualizado em 01/08/2013 10h26


Governador falou sobre a queda de sua popularidade em entrevista à CBN.
'Erros de diálogo, erros de incapncidade de dialogar', disse o governador.

Do G1 Rio

Sergio Cabral assumiu nesta quinta-feira (1º) que cometeu erros em seu segundo mandato. Em entrevista à Rádio CBN, questionado sobre as recentes manifestações pedindo sua saída do cargo, o governador do Rio de Janeiro afirmou que houve “erros de diálogo”.
“Sem dúvida aqui no Rio, eu também cometi erros. Erros de diálogo, erros de incapacidade de dialogar, que sempre foi a minha marca. Galeria cheia, vaiando, e me aplaudindo eu tive a vida inteira (...) Acho que da minha parte faltou mais diálogo, uma capacidade de entendimento e de compreensão, poderia citar várias situações em que essas questões se deram. Mas, eu não sou uma pessoa soberba, que não está aberta ao diálogo. Para mim, a democracia é um bem intangível”, disse Cabral.
Manifestação na esquina de casa
Manifestantes ainda ocupam, na manhã desta quinta-feira (1º), a esquina da Rua Aristides Espínola, com a Avenida Delfim Moreira, no Leblon, na Zona Sul do Rio, onde mora o governador Sérgio Cabral. O grupo está no local desde domingo (28), com um protesto intitulado "Ocupa Cabral". Eles pedem mais dinheiro para saúde e educação.
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura da cidade, por volta das 3h30, a Delfim Moreira chegou a ser totalmente interditada, no sentido São Conrado. Às 6h40, a via havia sido liberada e duas faixas estavam ocupadas. O trânsito fluía normalmente no local.
Confronto
Na noite de quarta-feira (31), umamanifestação que começou pacífica e teve mais de 700 pessoas para pressionar o Ministério Público do Rio a investigar gastos públicos do governador teve seu momento mais tenso num confronto na Câmara Municipal, no Centro, que foi invadida por volta das 21h.
Terminado o ato, por volta de meia-noite, cerca de 70 pessoas partiram para o Leblon rumo a casa do governador. Não houve registro de confusão, segundo a Polícia Militar.
Protestos violentos e a "nova PM"
No último dos atos violentos, no dia (22) da chegada do Papa Francisco ao Brasil, o jovemBruno Teles foi preso acusado de ter atirado um explosivo contra policiais. Imagens da internet, no entanto, mostraram o jovem desarmado no momento da agressão e seu caso foi arquivado. Na ocasião, oito jovens foram detidos. Após este ato, um grupo de PMs, que usam uniformes com identificações de letras e números (os “alfa-numéricos”, como já são chamados), sem nomes, foi montado especialmente para acompanhar as manifestações, caminhando juntos com o grupo e tentando dialogar.
Fonte: G
1

Nenhum comentário:

Postar um comentário