quinta-feira, 19 de julho de 2012

Policial morto em Brasília deu queixa e disse que se sentia ameaçado

Edição do dia 19/07/2012
19/07/2012 08h34- Atualizado em 19/07/2012 08h34

A Polícia Civil apura uma ocorrência registrada por Wilton Tapajós, de 54 anos, na corregedoria da PF. Ele diz que se sentia ameaçado e relata um episódio de perseguição. Os investigadores já falam em execução.

 
Vai ser enterrado nesta quinta-feira (19), em Brasília, o corpo do policial federal Wilton Tapajós Macedo, assassinado na última terça-feira. A hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, já foi descartada pela polícia. Os investigadores falam agora em uma provável execução. Wilton tinha dado queixa de ameaça à Corregedoria da Polícia.
A quarta-feira (18) foi de entra e sai na delegacia que investiga o assassinato do policial federal Wilton Tapajós, de 54 anos. Dois cunhados dele prestaram depoimento. Duas testemunhas do crime também foram ouvidas e ajudaram a fazer o retrato falado do suspeito.
Um funcionário do cemitério - que pediu para não ser identificado - disse que viu dois homens em um carro prata circulando pelo cemitério, pouco antes do crime.
“O que eu vi só foi o motorista, ele era cabelo na máquina um, tava usando óculos esporte espelhado, parecia de ser magro, estatura normal, meio claro; e o outro que tava do lado era mais escuro, mais moreno”, conta.
Na quarta, peritos tentaram encontrar as capsulas das balas que mataram o agente. Um laudo de balística concluiu que o policial levou dois tiros de revólver calibre 38. O primeiro, na nuca, à média distância. E o segundo, na têmpora, à queima-roupa. Wilton estava em frente ao túmulo dos pais, no cemitério.
Fontes ligadas à investigação afirmam que a forma como foram feitos os disparos reforçam a hipótese de execução. A Polícia Civil também apura uma ocorrência registrada por Wilton na corregedoria da PF. No documento, ele diz que se sentia ameaçado e relata um episódio de perseguição na saída de um shopping.
Wilton Tapajós trabalhou em casos de combate à pedofilia e ao tráfico de drogas. Atuou no programa de proteção a testemunhas e na Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
“Na verdade nós estamos tentando elucidara razão do assassinato. Eu não posso afirmar que isso se deveu à participação desse agente que foi vitimado em qualquer das operações que ele atua. Nesse momento seria leviano da nossa parte fazer qualquer apreciação, qualquer ilação”, afirma José Eduardo Cardozo.
Na quarta, a família de Wilton Tapajós ficou em frente ao IML até receber a notícia da liberação do corpo. O enterro será no fim da manhã de quinta (19).
A Polícia Federal também abriu um inquérito para apurar a morte do policial.
FONTE :  G1

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