sexta-feira, 1 de junho de 2012

A NATUREZA QUANDO AGREDIDA, NÃO RECLAMA, SIMPLESMENTE SE VINGA: Mais de 800 municípios do Sertão decretam situação de emergência

Edição do dia 01/06/2012
01/06/2012 08h11- Atualizado em 01/06/2012 08h40
Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, 856 municípios nordestinos enfrentam situação de emergência por causa da seca. Quatro milhões de pessoas já sofrem com os efeitos da estiagem.
Beatriz Castro Parnamirim, PE
 

O Sertão Nordestino sofre com a pior seca em quatro décadas. Mais de 800 municípios decretaram situação de emergência. Falta água para beber, para plantar e para dar aos animais.
Tudo ao redor é só aridez. Os rios deixaram de correr. O verde das plantas também se foi. Há 50 anos, os pernambucanos não enfrentavam uma estiagem tão prolongada. O barreiro, um imenso buraco que armazenava água no sítio da agricultora Elza Maria da Silva, em Parnamirim, no Sertão do estado, secou.
Para conseguir água, ela teve que cavar uma cacimba no fundo do reservatório. E o jeito foi abrir a cacimba para conseguir água. “Se não abrimos, nós morremos de sede e a bicharada também. A única água que a gente tem é esta daqui”, diz a agricultora Elza Maria da Silva.
Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, 856 municípios nordestinos enfrentam situação de emergência por causa da seca. Quatro milhões de pessoas já sofrem com os efeitos da estiagem.
O período de chuva no sertão de Pernambuco terminou em abril. Agora, não chove mais até outubro. O problema é que os grandes reservatórios não acumularam água suficiente para atravessar o período de estiagem, como é o caso do Açude Entremontes, em Parnamirim, no sertão de Pernambuco. É um dos maiores açudes do estado e enfrenta situação de colapso.
O açude acumula apenas 8% da capacidade. As comportas foram fechadas. A agricultora Graciela da Silva gasta duas horas por dia, de bicicleta, para conseguir água. “Não dá para beber, porque é muito salgada”, conta.
Em algumas áreas do sertão de Pernambuco, choveu apenas 25% do que era esperado. E este é só o começo da estiagem.
Fonte: G1

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