sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Policial preso recebia R$ 40 mil por

Suspeito que trabalhava na corregedoria vazava informações para grupo paramilitar

Do R7 | 01/09/2011 às 11h40
Osvaldo Praddo / Agência O Dia
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Policiais civis em operação na zona oeste do Rio para prender milicianos. Ação mobilizou 150 agentes
 
Um dos 11 presos na operação Pandora, deflagrada nesta quinta-feira (1º) pela Polícia Civil, MP-RJ (Ministério Público do Rio) e Secretaria de Segurança Pública, é um policial civil que se aposentou no ano passado. Segundo denúncia da Promotoria, ele trabalhava na corregedoria da Polícia Civil e recebia R$ 40 mil por mês para vazar informações à maior milícia que atua na zona oeste da cidade.
Ele também é suspeito de montar operações para combater milícia rival ao grupo comandado pelo ex-deputado estadual Natalino Guimarães e pelo irmão dele, o ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho - ambos presos na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS).
Além do policial civil, foram presos quatro ex-PMs e duas mulheres. Quatro dos suspeitos já estavam presos. Ao todo, são 18 mandados de prisão.
A operação da Draco (Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado e Inquéritos Especiais), com apoio do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público), e da subsecretaria de inteligência da Secretaria de Segurança Pública também cumpre 33 mandados de busca e apreensão.
Até as 12h20, já tinham sido apreendidos R$ 45 mil e documentos. Ao todo, 150 policiais civis foram mobilizados.
Entre os procurados, está o ex-PM Toni Ângelo Souza de Aguiar, apontado como o braço direito dos irmãos Guimarães e atual chefe da quadrilha. Outros ex-PMs também estão entre os investigados.
Segundo a denúncia, o bando cometia grande variedade de crimes, como homicídios, extorsões, posse e porte ilegais de armas, com o objetivo de "dominação territorial e econômica de toda região por meio da violência e da imposição do terror". Durante as investigações algumas testemunhas foram assassinadas pelos milicianos.
As principais atividades ilícitas praticadas pelos suspeitos, de acordo com os promotores do Ministério Público, são o domínio do transporte alternativo, exploração de máquinas caça-níqueis, monopólio da venda de gás a preços superfaturados, cobrança de taxas de segurança, redistribuição de sinal de TV, mais conhecido como "gatonet", e exploração de depósitos clandestinos de combustível.
Bope e PF também fazem operações na cidade
Também nesta manhã, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal deflagraram a operação Voo Livre para combater fraude milionária contra o Fisco no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), cumprindo 39 mandados de busca e apreensão.
Na Ilha do Governador, zona norte do Rio, policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) prenderam dois suspeitos no morro do Dendê, em uma operação de combate ao tráfico no local.
Assista ao vídeo:


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