quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Associações de militares apoiam greve dos professores

A Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), o Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar (CSCS) e a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (AOPMBM) renderam apoio ao movimento grevista dos educadores do Estado, em reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quinta-feira (22/9/11).
A audiência, que inicialmente aconteceu para obter esclarecimentos sobre suposta violação do devido processo legal na transferência de policiais do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate), acabou por reunir as associações militares e representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE). O objetivo foi promover o diálogo entre Polícia Militar e grevistas.
Segundo o presidente da AOPMBM, major Ronaldo de Assis, a luta dos educadores é legítima, mas os oficiais têm que cumprir a função de garantir o direito de ir e vir da população. Ele acredita que os excessos devem ser apurados e punidos em ambas as partes.
O presidente do CSCS, cabo Álvaro Coelho, também se disse solidário ao movimento. De acordo com ele, a causa é justa, uma vez que reivindica um direito adquirido de piso salarial. Mas ele critica os excessos e a radicalização dos atos. "É preciso que os professores mantenham o foco e evitem os atos de violência", disse.
O presidente da Aspra, sargento Israel Antônio Sanches, faz coro ao presidente do CSCS, ao se dizer contrário à radicalização do movimento. Para ele, dentro da farda há um ser humano, que deseja a justa remuneração dos professores, mas não admite ser destratado ou humilhado.
Ao final, as três associações se comprometeram a divulgar notas em seus veículos de comunicação ou redes sociais, com manifestações de apoio ao movimento grevista.
Sind-UTE pede paciência à Policia Militar
Os representantes do Sind-UTE que participaram da audiência lembraram que os 107 dias de greve e o que chamam de "abandono do Poder Público à causa" geram estresse nos manifestantes. "Por isso, pedimos paciência à polícia, pois vamos continuar indo às ruas em busca dos nossos direitos", disse a diretora do sindicato Feliciana Saldanha. Ela destacou que a categoria está sendo desvalorizada e diminuída com o corte de ponto e a ameaça de demissão. Para ela, o Judiciário não apoia, o Executivo não dialoga e boa parte do Legislativo não entende a causa dos professores.
O também diretor do Sind-UTE José Celestino Lourenço disse que o movimento não vai ceder. Ele acredita que a greve faz parte do processo de construção da cidadania. "As pessoas têm que fazer valer a lei que garante os seus direitos", salientou. Ele criticou o Projeto de Lei (PL) 2.355/11, que tramita na Assembleia e altera a política remuneratória dos servidores da Educação, ao afirmar que a matéria acaba com a carreira e, portanto, piora a situação dos servidores.
Ao final, outra diretora do Sind-UTE, Leocini Pereira Pinto, cobrou a abertura do diálogo. Ela acredita que a postura do governador, somada aos 107 dias de greve, tem feito com que os grevistas radicalizem suas ações. "Fica difícil não se estressar com o que está acontecendo. Estamos indignados e queremos uma solução o quanto antes", concluiu.
Presenças -
Deputados Durval Ângelo (PT), presidente; Sargento Rodrigues (PDT); e Rogério Correia (PT).

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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