quinta-feira, 6 de junho de 2013

PMDF nega despreparo de policial que matou colega com tiro nas costas

6/06/2013 12h32 - Atualizado em 06/06/2013 12h32


Policial à paisana tentava impedir assalto em ônibus quando foi alvejado.
'O que aconteceu é uma fatalidade', disse coronel Jooziel de Melo Freire.

Isabella FormigaDo G1 DF
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O comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jooziel de Melo Freire, negou nesta quinta-feira (6) que tenha havido despreparo do policial que matou por engano um colega à paisana que tentava impedir um assalto a um ônibus. O cabo Osmar Catarino Júnior foi morto com um tiro nas costas.
“Com certeza [não houve] nenhum despreparo. Era um policial extremamente preparado, formado, talhado pra isso, é uma equipe com destacamento da corporação de elite. Na realidade o que aconteceu é uma fatalidade que nos surpreende e nos deixa consternados”, disse o comandante da PM.
Freire também negou que o policial do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) que fez o disparo tenha chegado atirando, como relatado por testemunhas. No entanto, ele não soube detalhar como foi feita a abordagem.
Com certeza [não houve] nenhum despreparo. Era um policial extremamente preparado, formado, talhado pra isso, é uma equipe com destacamento da corporação de elite. Na realidade o que aconteceu é uma fatalidade que nos surpreende e nos deixa consternados"
Coronel Jooziel de Melo Freire, comandante da PM do Distrito Federal
“Nenhum policial hoje recebe esse tipo de orientação [de chegar atirando]. Tropa tem procedimento de abordagem. Foi uma grande e terrível fatalidade”, disse. De acordo com Freire, os dois policiais trabalhavam juntos. O PM que fez o disparo está internado, em estado de choque.
“O fato de ele estar nessa situação de choque, sedado, é porque os dois eram amigos. Recentemente fizeram uma grande confraternização. Era uma tropa muito unida.
Quando ele se deparou com o amigo, que o reconheceu, teve de ser socorrido e foi para o hospital e se encontra nesse mesmo estado sob efeito de medicamento. “
O comandante disse que o inquérito aberto para apurar o caso tem prazo de 30 dias para ser concluído. O corpo do policial morto será enterrado nesta quinta, às 18h, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Morte
O cabo Catarino estava fora do horário de serviço e à espera da mulher quando percebeu o assalto dentro do ônibus, na avenida Hélio Prates, em Taguatinga. Ele entrou armado para conter o assaltante. Quando os colegas do batalhão em que ele trabalha chegaram, ele foi confundido com o assaltante e atingido nas costas. O cabo chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas já chegou morto ao hospital.
O suspeito de tentar assaltar o ônibus também foi atingido e levado para Hospital Regional de Ceilândia, mas não corre risco de morrer. Testemunhas que não quiseram se identificar disseram que os policiais já abordaram o veículo atirando.
O motorista do ônibus contou o que aconteceu. “Eu parei na parada, desceram três passageiros e entrou um outro, correndo, e mandou eu tocar o carro [ônibus] imediatamente. Assim que eu vou arrancar o carro, veio um Siena [automóvel do PM morto por engano]. Entrou na frente do carro e abordou o rapaz que estava dentro do carro, mandou descer. Quando o rapaz desceu, eu escutei uns tiros, aí eu abaixei a cabeça e o cobrador [também] e deu o acontecimento desse fato”, falou.
Outro caso
No começo de abril, um estudante de 27 anos morreu após ser baleado por engano durante uma perseguição da polícia a um carro roubado em Taguatinga. Uma colega dele também foi atingida. A corporação procurava por três suspeitos que haviam roubado um veículo com características semelhantes ao carro dos estudantes e que estaria sendo usado no mesmo momento em um sequestro relâmpago.
Fonte G1.

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