A NATUREZA QUANDO AGREDIDA ELA NÃO RECLAMA, SIMPLESMENTE SE VINGA: Polícia do MT desmonta uma das maiores quadrilhas de madeira

 

Dezessete pessoas foram presas, inclusive o empresário que comandava o esquema. A polícia começou as investigações depois que o Jornal Hoje instalou chips e rastreou a madeira roubada até uma serraria.
Jonas CamposUnião do Sul, MT

A polícia de Mato grosso desmonta uma das maiores quadrilhas de madeira da Amazônia. Dezessete pessoas foram presas, inclusive o empresário que comandava o esquema. A polícia começou as investigações depois que o Jornal Hoje instalou chips e rastreou a madeira roubada até a serraria. Hoje foi o desfecho de um trabalho que durou cinco meses.
José Edimar Garcia foi preso ontem no município de Sinop, a 500 Km de Cuiabá. Ele é acusado de chefiar uma quadrilha que roubava madeira de várias fazendas no município de União do Sul
e de ameaçar integrantes do grupo para não denunciá-lo. Mas, segundo a polícia, os envolvidos revelaram todo o esquema.
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"Confessam com riqueza de detalhes trabalharem pra ele, o quanto receberam pelo trabalho, ou em proporção pela madeira extraída ilegalmente da mata”, conta o delegado, Carlos Fernandes Cunha.
A polícia aprendeu 700 metros cúbicos de madeira, 12 caminhões e 6 tratores da quadrilha. A investigação começou em junho, depois que o jornal hoje denunciou o roubo de madeira no norte de Mato Grosso.
Nossas equipes instalaram câmeras na floresta e conseguiram flagrar a ação da quadrilha , durante a madrugada.Foram instalados também chips nos troncos e o transporte até uma serraria também foi monitorado.
Em uma madeireira em União do Sul, distante 80 km do local da extração ilegal de madeira, com o auxílio da equipe de localização, foi feito o rastreamento e a varredura em todas as toras, para verificar qual delas foi roubada da floresta. A equipe fez a varredura e o sinal emitido pelo chip era cada vez mais intenso.
O Ibama fechou a serraria e prendeu o gerente em flagrante. “Tem uma tora aqui que está chipada e controlada. E essa tora ta aqui, nos vamos ter que fechar a madeireira, ta ok?”, afirma Aloísio Romar, chefe de fiscalização do Ibama.
O gerente foi liberado no dia seguinte. Ele e o dono respondem a um processo em liberdade, mas a serraria, continua funcionando normalmente por ordem de um juiz federal .

A polícia já levantou vários imóveis e empresas de propriedade de José Edimar Garcia
e pretende também agora autuar as empresas que receptavam a madeira roubada. O delegado e responsável do caso disse que já identificou mais quatro empresas que trabalhavam para a quadrilha.
"Nós pretendemos não só responsabilizar criminalmente os proprietários dessas empresas, como fechar os estabelecimentos", finaliza o delegado responsável pelo caso
Hoje, Edimar foi transferido para um presídio de Sinop onde já estão 16 integrantes dessa quadrilha.
Fonte: G1