Cinco suspeitos de disparos durante corrida foram identificados na segunda.
Mulher do chefe do tráfico de drogas da região também foi presa.
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Policiais da 22ª DP (Penha) prenderam, nesta terça (28), um dos cinco suspeitos identificados de efetuar disparos no Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio, no domingo (26), durante a corrida "Desafio da Paz". As informações são do delegado titular da unidade, Reginaldo Guilherme.
Ainda de acordo com o delegado, outras pessoas foram detidas por envolvimento com o tráfico de drogas, mesmo crime pelo qual também foi presa a mulher do traficante que comanda o tráfico de drogas na região.
Na manhã desta terça, a polícia havia informado que o número de abordagem e revistas na comunidade iria aumentar e pediu a compreensão da população. "Desde domingo há um reforço no patrulhamento e no policiamento dessas localidades. Tanto com o emprego de policiais realocados de outras UPPs, tanto também com o apoio de outras unidades da Polícia Militar. Nós contamos com a colaboração da população, pois o número de abordagem e revistas pessoais vai aumentar a fim de localizarmos esses marginais", explicou o tenente-coronel Alexandre Rocha, subcoordenador de Polícia Pacificadora.
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Medidas 'perceptíveis'
Ainda na segunda-feira, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, esteve reunido com o subsecretário de Planejamento e Integração Operacional, Roberto Sá, com o Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Erir da Costa Filho, e com o comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, para tratar do redimensionamento do policiamento no Complexo do Alemão. Os detalhes não serão divulgados, mas, de acordo com Beltrame, serão medidas perceptíveis à toda a população.
Ainda na segunda-feira, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, esteve reunido com o subsecretário de Planejamento e Integração Operacional, Roberto Sá, com o Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Erir da Costa Filho, e com o comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, para tratar do redimensionamento do policiamento no Complexo do Alemão. Os detalhes não serão divulgados, mas, de acordo com Beltrame, serão medidas perceptíveis à toda a população.
De acordo com o subcoordenador da Polícia Pacificadora, tenente-coronel Alexandre Rocha, nesta segunda há um aumento de 30% no efetivo de policiais militares na região.
Antes da corrida, moradores relataram que uma kombi chegou à comunidade com homens armados. Durante a reportagem, uma moradora fez uma apelo para que a polícia não recue. "Nós queremos que a polícia continue. Pelo menos é uma tranquilidade, não só para nós, como para as crianças e para os idosos", disse a mulher, que preferiu não se identificar.
Na tarde desta segunda, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, participa de uma reunião junto com o comandante da Polícia Militar, coronel Erir Costa Filho, e com a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, para reavaliar o efetivo utilizado no Alemão, que atualmente conta com 2 mil policiais militares.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse que o processo de pacificação é algo permanente. "Não vamos nos iludir que em dois anos e meio a gente vai resolver esse problema. Esse é um trabalho permanente, é um processo que a gente tem que ter perseverança. Só se ganha esta luta com perseverança, coragem e fé. E nós temos", declarou Cabral.
Ação 'irresponsável e criminosa'
O secretário Beltrame, que participou da corrida, classificou o tiroteio como uma ação “irresponsável e criminosa”.
O secretário Beltrame, que participou da corrida, classificou o tiroteio como uma ação “irresponsável e criminosa”.
“O que aconteceu foi uma ação que infelizmente é irresponsável e criminosa. Resquício de admiradores de uma facção que idolatra armas automáticas que se pautou pela banalização da violência e da vida. Esta facção que reinou por aqui absoluta por 30 anos. Mas agora a Polícia Civil, a PM e o estado estão aqui e não sairão. Isto é óbvio que foi uma facção, que mesmo enfraquecida acha que com atos assim pode afastar a polícia e o estado, mas nós não sairemos”, declarou.
O secretário disse que ninguém tem a ilusão que se vai acabar com um estado de violência que reinou durante 30 anos criando uma subnação de criminosos. Para ele, durante muito tempo se conviveu com a inércia do estado. Beltrame afirmou que tem uma proposta de segurança e que não vai diminuí-la, nem abandoná-la.
O secretário disse que ninguém tem a ilusão que se vai acabar com um estado de violência que reinou durante 30 anos criando uma subnação de criminosos. Para ele, durante muito tempo se conviveu com a inércia do estado. Beltrame afirmou que tem uma proposta de segurança e que não vai diminuí-la, nem abandoná-la.
"A população humilde e trabalhadora não merece isso. Temos de tirar o falso poder desta facção que humilha as pessoas na ponta do fuzil, que matava gente queimada na comunidade", disse o secretário.
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