Cidades no interior e litoral de SP enfrentam racionamento de água

Edição do dia 07/02/2014

07/02/2014 08h28 - Atualizado em 07/02/2014 08h28

Situação é preocupante também na capital. Principal reservatório que abastece a região está com 20% da capacidade.

Quatorze cidades do interior e litoral de São Paulo já estão com racionamento de água, e a situação é preocupante também na capital. O principal reservatório que abastece a cidade e região está com apenas um quinto da capacidade.

Diadema e Guarulhos, na Região Metropolitana, já enfrentam falta de água em alguns bairros. E São Caetano, no ABC, já está recebendo 20% menos de água.

As altas temperaturas levaram funcionários de um fórum na Zona Leste de São Paulo a suspenderem o expediente. Algumas salas não têm ar-condicionado e o termômetro chegou a 38°C.

Por causa do excesso de calor funcionários da Justiça Federal de São Paulo foram liberados do trabalho. No segundo andar do prédio, havia salas fechadas ou vazias.

Nas portas da Segunda Vara Criminal, avisos de que o ar-condicionado não está funcionando. A temperatura no ambiente fica acima dos 38°C e servidores já passaram mal.

Os rios que abastecem a região de Campinas, no interior paulista, estão baixos e já falta água. Cinco municípios enfrentam racionamento e a prefeitura de Campinas baixou um decreto que prevê multa para quem desperdiçar. O valor pode chegar a três vezes o preço da última conta de água.

O Reservatório do Cantareira, principal sistema de abastecimento de São Paulo e Região Metropolitana, está com apenas 20% da capacidade. Essa situação crítica levou a Companhia de Saneamento a reduzir em 20% o fornecimento de água para São Caetano do Sul, no ABC Paulista.

Para evitar o racionamento, a prefeitura faz uma campanha para que os 150 mil habitantes usem a água de maneira racional. “A gente precisa ter uma reservação agora que vai ser utilizada na época de estiagem que vai de maio a setembro”, afirma Osmar Silva Filho, engenheiro do Departamento de Água e Esgoto.

Os moradores começaram a fechar a torneira. “Eu acho que tem que economizar porque não está chovendo há bastante dias”, diz o estudante Natan Silva.

“Tomo banho de cinco minutos. Rapidinho”, brinca a comerciante Carla Delsorte.

Em nota, a administração da Justiça Federal disse está tentando resolver o problema do calor na Segunda Vara do Fórum Criminal Federal há pelo menos um ano. Segundo a assessoria, a situação deve ser solucionada na semana que vem. No Fórum da Barra Funda, um julgamento também foi adiado por causa do calor.

Fonte: G1