Corpo de operário foi encontrado na manhã desta quinta-feira (29).
Bombeiros ainda procuram por um desaparecido.
O Corpo de Bombeiros localizou pouco antes das 7h30 desta quinta-feira (9) o corpo da nona vítima do desabamento de uma obra na Zona Leste de São Paulo. Segundo a corporação, a vítima é o pedreiro Claudemir Viana de Freitas. O corpo estava no fundo do terreno e foi reconhecido por familiares. A corporação segue agora na busca do último desaparecido, o ajudante de pedreiro Antônio Welington Teixeira Silva. Segundo a corporação, 36 pessoas estariam na construção - 26 delas foram resgatadas com vida.
Segundo o Fernando Barbosa, amigo de Freitas, a mulher da vítima está grávida de dois meses e ele havia voltado do Maranhão para uma nova empreitada de trabalho em São Paulo há 15 dias. "Eu ainda tinha esperança de encontrá-lo com vida. Ele estava muito feliz de ser pai. Era trabalhador e sonhador", lamentou Barbosa que acompanhava as buscas desde quarta-feira (28).
Um problema na bomba de combustível do avião contratado pela seguradora da obra que desabou em São Paulo impediu o translado dos oito primeiros corpos resgatados no local do desabamento, do aeroporto de Sorocaba, no interior paulista, para Imperatriz, no Maranhão. O voo estava previsto para a meia-noite desta quarta (28) e foi remarcado para as 11h desta quinta-feira, como informou o Bom Dia São Paulo. Por volta das 6h30 desta quinta-feira, os oito corpos estavam numa funerária de Osasco, na Grande São Paulo.
As duas por dois desaparecidos duraram toda a madrugada e seguiam no início da manhã desta quinta. Os bombeiros procuram por Claudemir Viana de Freitas e Antônio Welington Teixeira Silva, que eram pedreiro e ajudante de pedreiro na obra da Avenida Mateo Bei, em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, que desabou na manhã desta terça-feira (27).
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Máquinas retroescavadeiras eram usadas no início desta manhã para remover os escombros de pontos da obra onde os bombeiros acreditam não haver vítimas. Segundo o capitão dos bombeiros Denilson Ostroki, a corporação trabalhava por volta das 7h com a "remoção seletiva de escombros". "O bombeiro investiga determinada região e a máquina auxilia na remoção", explicou. Os trabalhos estavam concentrados em dois pontos, no horário.
Maranhão
Seis dos nove mortos no desabamento eram naturais do Maranhão, informou a Secretaria da Segurança Pública.
Seis dos nove mortos no desabamento eram naturais do Maranhão, informou a Secretaria da Segurança Pública.
Confira a lista dos mortos já identificados:
- Marcelo de Sousa Rodrigues, 22 anos, natural de Barra do Corda (MA)
- Ocirlan Costa da Silva, 19 anos, Mirador (MA)
- Antônio Carlos Carneiro Muniz, 36 anos, Grajaú (MA)
- Raimundo Barboza de Souza, 38 anos, Imperatriz (MA)
- Leidiano Teixeira Barbosa, 27 anos, Barra do Corda (MA)
- Ocirlan Costa da Silva, 19 anos, Mirador (MA)
- Antônio Carlos Carneiro Muniz, 36 anos, Grajaú (MA)
- Raimundo Barboza de Souza, 38 anos, Imperatriz (MA)
- Leidiano Teixeira Barbosa, 27 anos, Barra do Corda (MA)
- Felipe Pereira dos Santos, 20 anos, Imperatriz (MA)
- Raimundo Oliveira da Silva, 29 anos, Itaguatins (TO)
- José Ribamar Soares do Nascimento, 20 anos (não foi informada a origem)
- Claudemir Viana de Freitas, 28 anos (não foi informada a origem)
Segundo o advogado Leonardo Veloso, que defende a Salvatta Engenharia (empresa contratada para avaliar as condições da obra), os corpos serão levados até Imperatriz (MA). A empresa vai pagar o traslado dos corpos e passagem aérea para um ou dois parentes que quiserem ir ao enterro. “A maioria dos funcionários era radicada em Imperatriz.” A empresa é responsável por levar os corpos para outras cidades, caso seja necessário.
Ainda segundo o defensor, todos os funcionários estavam devidamente registrados e tinham seguro de vida pago pela empresa. Ele acrescentou que “o que tiver que ser feito vai ser feito e da melhor maneira possível”.
Suspeita de omissão
Nesta quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo informou que investiga a Prefeitura da capital por suspeita de omissão no desabamento. De acordo com a Promotoria de Habitação e Urbanismo, a administração municipal deveria ter impedido a continuidade das obras, já que o local havia sido embargado pelo próprio órgão. Também nesta tarde, o delegado Luiz Carlos Uzelin, titular do 49º Distrito Policial, disse que quer ouvir responsáveis na administração municipal para saber por que o embargo da obra não foi comunicada à Polícia Civil.
Nesta quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo informou que investiga a Prefeitura da capital por suspeita de omissão no desabamento. De acordo com a Promotoria de Habitação e Urbanismo, a administração municipal deveria ter impedido a continuidade das obras, já que o local havia sido embargado pelo próprio órgão. Também nesta tarde, o delegado Luiz Carlos Uzelin, titular do 49º Distrito Policial, disse que quer ouvir responsáveis na administração municipal para saber por que o embargo da obra não foi comunicada à Polícia Civil.
A Prefeitura divulgou nota para afirmar que não cometeu omissão e que vai apurar o motivo de o embargo da obra que desabou não ter sido comunicada às autoridades policiais. A administração informou que o "emparedamento ou bloqueio físico de obras por pendência documental não é habitualmente realizado pela administração". Ainda segundo a Prefeitura, o Código de Obras e Edificação do município não prevê o emparedamento da obra embargada, apenas em casos que envolvem licença de funcionamento.
Investigação
A Polícia Civil pretende ouvir os responsáveis pela obra. Segundo o delegado Antônio Mestre Júnior, da 8ª Seccional, os depoimentos serão colhidos no 49º Distrito Policial, em São Mateus. O delegado não informou, entretanto, quando esses responsáveis serão convocados.
A Polícia Civil pretende ouvir os responsáveis pela obra. Segundo o delegado Antônio Mestre Júnior, da 8ª Seccional, os depoimentos serão colhidos no 49º Distrito Policial, em São Mateus. O delegado não informou, entretanto, quando esses responsáveis serão convocados.
"Vamos ouvir mais pessoas entre elas rensponsáveis diretos pela obra", disse Mestre Júnior. Operários e demais profissionais ligados à construção da loja também deverão ser ouvidos nos próximos dias.
Fonte: G1
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