Câmeras flagraram veículo da Polícia Militar a poucos metros do crime.
Oito PMs foram presos neste fim de semana.
A Polícia Civil de São Paulo procura o sobrevivente e a testemunha da execução de dois jovens ocorrida no dia 16 de março na região central da capital. O crime foi gravado por câmeras de segurança e as imagens foram exibidas neste domingo (31) pelo Fantástico. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
O sobrevivente que o departamento procura é o rapaz que aparece correndo nas cenas depois que uma dupla de motociclistas aponta armas para ele e mais dois amigos. O trio, que estava sentado numa calçada, na madrugada de março, no Brás, ergue as mãos para o alto e se vira de costas para a parede. Os motociclistas descem das motos sem tirar os capacetes e disparam nos amigos do rapaz, que consegue correr e foge. Os colegas do jovem morrem no local.
A outra testemunha que o DHPP tenta localizar é a pessoa que falava ao celular com uma das vítimas antes dela ser morta. Nas imagens, um dos jovens segurava o telefone no momento em que os motociclistas aparecem. A pessoa do outro lado da linha teria ouvido pelo aparelho: "Parado! Mão para cima, que é polícia".
“Os depoimentos dessas duas pessoas serão importantes para ajudar a investigação a esclarecer a autoria dos assassinatos”, disse a delegada Elisabete Sato, diretora do DHPP.
saiba mais
Cenas da execução
Oito policiais militares foram presos administrativamente por suspeita de participarem dos assassinatos, segundo a Polícia Militar. De acordo com Elisabete Sato, eles são investigados porque teriam dado cobertura para os atiradores, que fugiram após o crime. Os assassinos ainda não foram identificados. O G1 não conseguiu localizar os advogados dos oito PMs detidos para comentarem o assunto.
Oito policiais militares foram presos administrativamente por suspeita de participarem dos assassinatos, segundo a Polícia Militar. De acordo com Elisabete Sato, eles são investigados porque teriam dado cobertura para os atiradores, que fugiram após o crime. Os assassinos ainda não foram identificados. O G1 não conseguiu localizar os advogados dos oito PMs detidos para comentarem o assunto.
As imagens também mostram que um carro da PM estava próximo ao local onde ocorreu o assassinato. Uma outra câmera gravou a rua a partir de outro ângulo e mostra o veículo da corporação na esquina, a cerca de 50 metros do fato no momento dos disparos. Enquanto os assassinos atiravam, a viatura dos policiais estava de frente para a cena do crime.
Para Elizabete Sato essa imagem sugere, no mínimo, a omissão dos policiais. “Essa cena é bastante impressionante porque denota ao menos uma omissão por parte dos policiais, que poderiam ter agido no sentido de tentar impedir que essas duas pessoas fossem mortas”, afirmou a delegada.
Seis segundos depois do crime, a imagem mostra a passagem desse veículo da polícia. Oito minutos depois dos tiros, policiais isolaram a cena do crime. No boletim de ocorrência, registrado às 2h11, os PMs relataram que encontraram os corpos no chão. Não há informação sobre perseguição aos atiradores.
Para Elizabete Sato essa imagem sugere, no mínimo, a omissão dos policiais. “Essa cena é bastante impressionante porque denota ao menos uma omissão por parte dos policiais, que poderiam ter agido no sentido de tentar impedir que essas duas pessoas fossem mortas”, afirmou a delegada.
Seis segundos depois do crime, a imagem mostra a passagem desse veículo da polícia. Oito minutos depois dos tiros, policiais isolaram a cena do crime. No boletim de ocorrência, registrado às 2h11, os PMs relataram que encontraram os corpos no chão. Não há informação sobre perseguição aos atiradores.
"Computando o espaço de tempo entre uma imagem e outra, é fração de segundos. Então, daria a impressão que talvez essa viatura estivesse dando cobertura aos executores", disse Elisabete Sato.
PMs presos
Por envolver a suspeita da participação de policiais militares num crime, a Corregedoria da PM instaurou procedimento para apurar o caso. Apesar disso, até as 9h30 desta segunda-feira, a assessoria de imprensa da Polícia Militar não havia informado para qual local foram levados os policiais suspeitos, o que eles disseram em suas defesas, e quais suas identidades e patentes.
Em nota, a PM havia informado anteriormente que "adotou providências para apurar as circunstâncias da ocorrência" e que "oito policiais militares já foram presos administrativamente".
Caso fique comprovada a participação ou a conivência dos policiais no assassinato, eles responderão pelo mesmo crime que os atiradores: homicídio.
PMs presos
Por envolver a suspeita da participação de policiais militares num crime, a Corregedoria da PM instaurou procedimento para apurar o caso. Apesar disso, até as 9h30 desta segunda-feira, a assessoria de imprensa da Polícia Militar não havia informado para qual local foram levados os policiais suspeitos, o que eles disseram em suas defesas, e quais suas identidades e patentes.
Em nota, a PM havia informado anteriormente que "adotou providências para apurar as circunstâncias da ocorrência" e que "oito policiais militares já foram presos administrativamente".
Caso fique comprovada a participação ou a conivência dos policiais no assassinato, eles responderão pelo mesmo crime que os atiradores: homicídio.
Vítimas
Uma das vítimas tinha apenas 14 anos. Era filho de um catador de material reciclável, e era conhecido como Piauí. “Estava na hora errada, com a pessoa errada. Executaram ele na hora. Não deram tempo de ele respirar”, afirmou o pai, que, por motivos de segurança, não teve seu nome divulgado.
Para a polícia, o local do crime é um conhecido ponto de venda e uso de drogas. Mas, segundo a família, o garoto Piauí não era usuário. "Que eu saiba não, ele não usava droga. Só se usava fora, aqui dentro de casa nunca usou, nunca peguei ele com nada”, disse o pai.
Uma das vítimas tinha apenas 14 anos. Era filho de um catador de material reciclável, e era conhecido como Piauí. “Estava na hora errada, com a pessoa errada. Executaram ele na hora. Não deram tempo de ele respirar”, afirmou o pai, que, por motivos de segurança, não teve seu nome divulgado.
Para a polícia, o local do crime é um conhecido ponto de venda e uso de drogas. Mas, segundo a família, o garoto Piauí não era usuário. "Que eu saiba não, ele não usava droga. Só se usava fora, aqui dentro de casa nunca usou, nunca peguei ele com nada”, disse o pai.
Segundo o registro policial, no corpo de Piauí havia seis marcas de tiros. Na outra vítima, que tinha 18 anos, eram 12 perfurações. A polícia não divulgou o nome do rapaz.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário