Ato em Copacabana faz homenagem a crianças vítimas da violência no Rio
Pais de Larissa de Carvalho, vítima de bala perdida, compareceram.
'Só queria sair com a minha filha e ela levou uma bala perdida', disse.
Um ato contra a violência que tem matado crianças no Rio foi realizado na praia de Copacabana, na Zona Sul, neste domingo (25). Uma cruz de três metros foi fincada na areia para protestar o falecimento de crianças desde 2007. O ato foi feito na semana em que duas crianças morreram baleadas na cidade - Larissa de Carvalho, em Bangu, na Zona Oeste, e Asafe Ibrahim, em Honório Gurgel, no Subúrbio.
O ato foi organizado pela ONG Rio de Paz, filiado do Departamento de Informação Pública da ONU, para despertar a sociedade e o poder público para o fato de que a violência do Rio está matando crianças.
Os participantes levaram faixas e cartazes para protestar. Uma delas pergunta "Quem disse que no Brasil não tem pena de morte?" e os cartazes listavam os nomes das crianças mortas.
A mãe de Larissa de Carvalho, de 4 anos, morta após ser atingida por uma bala perdida na cabeça, no último sábado (17), em Bangu, na Zona Oeste do Rio, esteve presente no ato.
"Não queria que ficasse impune. Queria que houvesse justiça. Eu só queria sair com a minha filha e ela levou uma bala perdida. A polícia só fica na Zona Sul. Por que não investe na nossa segurança e de nossos filhos?", disse Milene, mãe de Larissa.
A mãe de Larissa de Carvalho, de 4 anos, morta após ser atingida por uma bala perdida na cabeça, no último sábado (17), em Bangu, na Zona Oeste do Rio, esteve presente no ato.
"Não queria que ficasse impune. Queria que houvesse justiça. Eu só queria sair com a minha filha e ela levou uma bala perdida. A polícia só fica na Zona Sul. Por que não investe na nossa segurança e de nossos filhos?", disse Milene, mãe de Larissa.
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Michelle de Carvalho, tia de Larissa, também participou do protesto e pediu que o caso de sua sobrinha não vire estatística.
"Eu quero que esse caso não caia no esquecimento. O governo não se manifestou e essa ONG tem nos dado apoio. Todo dia aparece notícia de um caso novo. Eu faço um apelo a todo o Rio de Janeiro que se comoveu com essas histórias que junte se a nós e não deixe isso impune para que se faça justiça e não vire estatística", disse Michelle.
Duas mortes menos de uma semana
A família andava com Larissa na esquina das ruas Boiobi e Rio da Prata, após sair de um restaurante, quando ouviu um disparo, no sábado (17). Logo em seguida, a criança foi atingida de cima para baixo pela bala perdida. A criança chegou a ser levada para o Hospital Pedro II, mas não resistiu. A família decidiu doar os órgãos da menina.
No dia seguinte, o menino Asafe William Ibrahim estava na piscina do clube Sesi, em Honório Gurgel, quando foi atingido por uma bala perdida. Ele foi levado para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas morreu na quarta-feira (21). As famílias de Asafe e de Larissa decidiram doar os órgãos das crianças.
"Eu quero que esse caso não caia no esquecimento. O governo não se manifestou e essa ONG tem nos dado apoio. Todo dia aparece notícia de um caso novo. Eu faço um apelo a todo o Rio de Janeiro que se comoveu com essas histórias que junte se a nós e não deixe isso impune para que se faça justiça e não vire estatística", disse Michelle.
Duas mortes menos de uma semana
A família andava com Larissa na esquina das ruas Boiobi e Rio da Prata, após sair de um restaurante, quando ouviu um disparo, no sábado (17). Logo em seguida, a criança foi atingida de cima para baixo pela bala perdida. A criança chegou a ser levada para o Hospital Pedro II, mas não resistiu. A família decidiu doar os órgãos da menina.
No dia seguinte, o menino Asafe William Ibrahim estava na piscina do clube Sesi, em Honório Gurgel, quando foi atingido por uma bala perdida. Ele foi levado para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas morreu na quarta-feira (21). As famílias de Asafe e de Larissa decidiram doar os órgãos das crianças.
Fonte: G1.
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