domingo, 14 de dezembro de 2014

VIOLÊNCIA URBANA MATA MAIS QUE QUALQUER GUERRA.

14/12/2014 11h12 - Atualizado em 14/12/2014 13h04

Policiais fazem protesto na Praia da Copacabana contra a violência

Na sexta, mais um PM foi morto; ele foi baleado na porta de casa.
Cruzes pretas foram fincadas na areia ao lado de fotos dos policias mortos.

Do G1 Rio
Policiais civis e militares fizeram uma manifestação na manhã deste domingo (14) na orla da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, contra a violência. Além disso, eles fizeram uma homenagem aos colegas mortos por criminosos. Como mostrou a GloboNews, somente no ano de 2014, mais de 80 agentes foram mortos em serviço ou de folga e 280 foram baleados.

O ato também contava com a participação de representantes da Polícia Rodoviária Federal e  integrantes do movimento “Rio de Paz”. A Associação de Mães de Policiais, que também participou do ato, propôs um abaixo-assinado para tornar hediondo crime contra a integridade física dos policiais e de seus familiares quando for comprovado que a motivação foi represália.

Nas areias de Copacabana, foram fincadas cruzes com fotos dos agentes mortos. Muitos familiares destes policiais estavam no local e o clima era de comoção.
Protesto contra a violência em Copacabana (Foto: Alex Ribeiro/Estadão Conteúdo)Protesto contra a violência em Copacabana (Foto: Alex Ribeiro/Estadão Conteúdo)
Mais um PM morto
O policial militar, Ari Rodrigues Pestana Júnior, lotado no 41° BPM (Irajá), morto no início da noite da sexta-feira (12) na Rua Eça de Queiroz, em Olaria, no Subúrbio do Rio, vai ser enterrado neste domingo (14), como mostrou a GloboNews. Desde 2013, já passa de 150 o número de policiais mortos no Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Militar, Ari Pestana era filho de um coronel da PM e estava lavando o próprio carro na porta de casa, quando um veículo com homens aramados efetuaram disparos contra ele. Ainda segundo a polícia, no local foram encontradas cápsulas de calibre 380.
Na noite de quinta, o PM Adelson Conceição Júnior, de 32 anos, – que estava de folga, acompanhado pela pela mulher, a filha e sobrinhas – foi assassinado. Ele reagiu a uma tentativa de assalto em Nova Iguaçu, foi baleado e morreu. A mulher dele foi atingida no ombro e socorrida no Hospital Geral de Nova Iguaçu, no bairro da Posse.

Um dos criminosos, Israel Campos Ângelo Júnior, foi baleado no olho e levado sob custódia para o mesmo hospital. Um adolescente de 15 anos, que é suspeito de ter trocado tiros com o policial, tentou fugir, mas foi apreendido em menos de cinco minutos por militares do Batalhão de Nova Iguaçu com uma pistola.
Filho de PM participa de protesto no Rio contra a morte de policiais (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)Filho de PM participa de protesto no Rio contra a
morte de policiais (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Policiais mortos recentemente
Na terça-feira (9), policiais militares já tinham se organizado para protestar contra a crescente morte de colegas. Nas areias da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio,foram fincadas 152 cruzes pretas, número que corresponde à soma dos policiais militares mortos entre 2013 e 2014.

Entre os casos mais recentes estão o do soldado Geraldo Luiz da Silva, de 27 anos, estava de folga e lavava o seu carro perto da comunidade Cosme e Damião, em Sulacap, na Zona Oeste.  Ele, que era lotado na UPP da Vila Kennedy, foi morto no último sábado (6).

Outro soldado da UPP Vila Kennedy, Ryan Procópio, que também estava de folga foi torturado e morto. O corpo foi encontrado dentro de seu próprio carro, em Bangu, na Zona Oeste, em 25 de novembro.

No dia 29 de novembro, o subtenente Jorge Henrique Xavier, que era lotado no 16º BPM (Olaria), teria sido morto a tiros numa suposta tentativa de assalto em Magé, na Baixada Fluminense.

No mesmo dia outros dois policiais foram mortos: o subtenente Jorge da Costa Serrão, do 21º BPM (São João de Meriti), que estava com o filho no carro, foi morto numa tentativa de assalto em Rocha Miranda, no Subúrbio. Em Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense, Diego Santos de Oliveira, da UPP do Morro do Turano, foi morto junto com seu irmão quando perseguiam suspeitos de assalto perto de onde moravam.

Em 14 de novembro o sargento Douvair Martins de Vasconcellos, que trabalhava no Serviço Reservado (P2) do 12º BPM (Niterói), foi morto dentro de casa, em Maricá, na Região dos Lagos.
Fonte: G1

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