Uanderson Manoel da Silva saiu da unidade para atender uma ocorrência.
Suspeito de participação no crime foi preso na madrugada.
O capitão Uanderson Manoel da Silva, comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, estava sem colete à prova de balas no momento em que tomou um tiro no peito que o levou à morte nesta quinta-feira (11). A informação foi confirmada pela assessoria das Unidades de Polícia Pacificadora nesta sexta (12). Um suspeito de participação no crime, Cassiano da Silva Harris, de 20 anos, foi preso nesta madrugada.
Cassiano foi reconhecido por PMs da UPP como o responsável por atirar um artefato contra um carro da PM cerca de 20 a 30 minutos antes do confronto que terminou com a morte do comandante. Segundo o delegado assistente da 22ª DP (Penha), Carlos Eduardo Rangel, um artefato similar foi encontrado próximo ao local onde morreu o capitão.
Ainda de acordo com Rangel, Cassiano é conhecido pelo envolvimento com o tráfico de drogas e por ser um braço armado no Alemão. A polícia entrou com um pedido de prisão preventiva do criminoso, que foi aceito no plantão judiciário. Ele vai ficar 30 dias detido. As buscas por outros suspeitos continuam, com PMs de UPPs, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e agentes da Polícia Civil.
Uanderson, que morreu no Hospital Souza Aguiar, foi conter um tiroteio imediatamente após saber do ocorrido, e saiu sem colete em direção ao Largo da Vivi, onde foi baleado no peito. O capitão, de 34 anos, foi o primeiro comandante de UPP morto pelo tráfico. A segurança na comunidade foi reforçada na comunidade.
PM narra drama por telefone
Por telefone, um policial militar falou sobre o episódio logo após o tiro. “O capitão foi transferido às pressas pro Getúlio Vargas. Situação complicadíssima do capitão, tiro de fuzil no peito”, falou o PM – segundo o comentarista de Segurança Pública da TV Globo, Rodrigo Pimentel, o tiro foi de pistola.
Por telefone, um policial militar falou sobre o episódio logo após o tiro. “O capitão foi transferido às pressas pro Getúlio Vargas. Situação complicadíssima do capitão, tiro de fuzil no peito”, falou o PM – segundo o comentarista de Segurança Pública da TV Globo, Rodrigo Pimentel, o tiro foi de pistola.
O comandante da UPP Nova Brasília chegou a passar por uma cirurgia no tórax, mas morreu por volta das 19h30. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, ele chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento do Alemão e encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas. O tiroteio ocorreu por volta das 17h30.
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Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) fizeram uma varredura na comunidade para encontrar os criminosos que mataram o comandante. De acordo com informações do Bom Dia Rio desta sexta-feira (12), a busca continuava nesta manhã.
11 anos de polícia
Segundo a PM, o capitão Uanderson estava há 11 anos na Polícia Militar. Ele trabalhou no 14º BPM (Bangu), 15º BPM (Caxias) e 41º BPM (Irajá). O oficial comandava a UPP Nova Brasília há três meses. O PM era casado e tinha uma filha de 7 anos.
Segundo a PM, o capitão Uanderson estava há 11 anos na Polícia Militar. Ele trabalhou no 14º BPM (Bangu), 15º BPM (Caxias) e 41º BPM (Irajá). O oficial comandava a UPP Nova Brasília há três meses. O PM era casado e tinha uma filha de 7 anos.
O tiroteio começou quando policiais do Grupamento Tático de Polícia de Proximidade (GTPP) da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, no Complexo do Alemão, estavam em patrulhamento pela localidade conhecida como Campo do Seu Zé quando encontraram com homens armados que atiraram contra os agentes, segundo a polícia. Os PMs revidaram e os bandidos fugiram deixando para trás 58 papelotes de cocaína, dez pedras de crack e duas motos.
Pouco depois, ainda segundo a polícia, militares da UPP Fazendinha encontraram Raian Dias da Rocha, de 20 anos, que foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento com ferimentos causados por disparos de arma de fogo. Raian foi transferido para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. O caso foi registrado na 45ª DP (Alemão).
'Tentativas como essa não nos intimidam'
Em nota, o governador Luiz Fernando Pezão lamentou a morte do comandante “que morreu trabalhando em defesa da paz dos moradores do Alemão”. Ele afirmou ainda que não vai permitir que criminosos tirem covardemente a vida dos policiais.
Em nota, o governador Luiz Fernando Pezão lamentou a morte do comandante “que morreu trabalhando em defesa da paz dos moradores do Alemão”. Ele afirmou ainda que não vai permitir que criminosos tirem covardemente a vida dos policiais.
O governador reiterou que o estado não vai retroceder na política de pacificação e enfatizou o processo de instalação de UPPs no Conjunto de Favelas da Maré. “Amanhã (sexta-feira), vamos formalizar a permanência do Exército na Maré para darmos continuidade ao processo de pacificação na comunidade com a futura instalação de UPPs. As unidades têm sofrido ataques de marginais que tentam a todo custo desmoralizar o programa. Tentativas como essa não nos intimidam”, afirmou.
Inauguração
A UPP Nova Brasília, que fica no Conjunto de Favelas do Alemão, foi inaugurada em abril de 2012 juntamente com a UPP Fazendinha. Quando foi aberta a UPP Nova Brasília contava com 340 policiais para atender 25 mil pessoas a partir da estação Itararé do teleférico. A unidade é responsável pela segurança das localidades Ipê Itararé, Mourão Filho, Largo Gamboa, Cabão, Joaquim de Queiroz, Loteamento, Prédios, Aterro I e Aterro II.
A UPP Nova Brasília, que fica no Conjunto de Favelas do Alemão, foi inaugurada em abril de 2012 juntamente com a UPP Fazendinha. Quando foi aberta a UPP Nova Brasília contava com 340 policiais para atender 25 mil pessoas a partir da estação Itararé do teleférico. A unidade é responsável pela segurança das localidades Ipê Itararé, Mourão Filho, Largo Gamboa, Cabão, Joaquim de Queiroz, Loteamento, Prédios, Aterro I e Aterro II.
Entregas restritas
Como mostrou o G1 no dia 31, o medo da violência está levando varejistas a restringir entregas no Alemão, apesar da região abrigar bases de uma Unidade de Polícia Pacificadora. Na ocasião, duas das maiores redes varejistas confirmaram ao G1 que as entregas em determinados locais da região estão restritas em função da criminalidade e destacaram que a lista de endereços considerados perigosos é flutuante, ou seja, varia conforme o registro de atos violentos.
Como mostrou o G1 no dia 31, o medo da violência está levando varejistas a restringir entregas no Alemão, apesar da região abrigar bases de uma Unidade de Polícia Pacificadora. Na ocasião, duas das maiores redes varejistas confirmaram ao G1 que as entregas em determinados locais da região estão restritas em função da criminalidade e destacaram que a lista de endereços considerados perigosos é flutuante, ou seja, varia conforme o registro de atos violentos.
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