Seca ameaça transporte de balsas no Rio São Francisco, em Minas Gerais
Por causa da estiagem, o Velho Chico oferece riscos à navegação.
População ribeirinha teme a suspensão do transporte fluvial.
A estiagem castiga e assusta a cidade de Itacarambi, no Norte de Minas Gerais. Quem vive às margens do Rio São Francisco depende das balsas que transportam alimentos, remédios e produtos de higiene para o município. Mas o serviço está ameaçado. Sem profundidade, por causa da seca, o rio oferece riscos à navegação.
Nesta semana, o MGTV 2ª edição exibe uma série especial de reportagens, que mostra a situação do rio. Os repórteres Ricardo Soares, Alípio Martins e Sérgio Leite percorreram vários trechos do Velho Chico no estado, para mostrar como a seca impactou o rio e quem vive perto dele.
A travessia ficou mais longa e bem mais demorada. Em vez de cruzar o rio em linha reta é preciso buscar caminhos SEGUROS, fazer manobras correnteza abaixo e voltar pelo canal perto da outra margem. Uma travessia que durava cinco minutos hoje dura meia hora.
O serviço de balsas de Itacarambi, no Norte de Minas, está ameaçado. Pode parar de uma hora para outra por causa da baixa vazão do Rio São Francisco. Em muitos pontos a profundidade não passa de 1,5 metro.
"Como é que nós 'vinha' na cidade comprar? Como é que nós 'atravessa' com saco de coisa aqui na cabeça? Tem os barquinhos mas os barquinhos cobram R$ 5 reais pra ir e R$ 5 pra voltar. Uma pessoa pobre, com salariozinho, onde é que acha tanto R$ 5 pra pagar?", lamenta a lavradora MARIA Aparecida Mota.
A Usina de Três MARIAS, que tem grande influência na vazão do São Francisco, pouco pode ajudar agora. A barragem está com menos de 10% da capacidade (8,8%).
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