Cidades de Pernambuco são 'recordistas' em decretos de emergência
Santa Cruz e Lagoa Grande enfrentam seca há anos.
- Barragem Cacimbas abastecia a zona urbana de Santa Cruz, onde vivem cerca de 4,4 mil pessoas.Luna Markman/G1
- O agricultor Luiz Pereira mostra até onde a água chegava nos últimos anos na barragem Cacimbas.Luna Markman/G1
- Medição do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) mostra qual a capacidade da barragem Cacimbas.Luna Markman/G1
- Seu Luiz abandonou um terreno na Fazenda Manari, na zona rural de Santa Cruz, por falta de chuva para irrigar a plantação.Luna Markman/G1
- Dona Maria Elza da Silva mora próximo à barragem Cacimbas, que não tem água de boa qualidade. Ela conta que a pele fica 'cinzenta' quando toma banho com ela.Luna Markman/G1
- Dona Maria Elza também usa a água da barragem para matar a sede dos animais. Ela fica guardada em tonéis e baldes. Como não serve para irrigação, a agricultora perdeu todo o milho que plantou. Agora, precisa comprar na feira para alimentar as galinhas.Luna Markman/G1
- Barreiro está quase um lamaçal na Fazenda Duas Barras, em Santa Cruz. Bodes, ovelhas e porcos bebem nesse local.Luna Markman/G1
- Margens do açude Venerada, no centro de Santa Cruz, viraram um lixão.Luna Markman/G1
- Ovelhas comem resto de mato seco na sede de Santa Cruz.Henrique Zuba/ TV Globo
- Não chove desde fevereiro, em Santa Cruz, e o capim, que serve de pasto para os animais, ficou seco.Henrique Zuba/ TV Globo
- Árvores também ficaram secas, perderam a cor. Plantas se confundem com o barro da estrada, na zona rural de Santa Cruz.Luna Markman/G1
- Seu Modesto Batista foi à unidade da Adagro em Santa Cruz para pegar uma declaração que viabiliza financiamento na compra de ração animal.Luna Markman/G1
- Moradores de Santa Cruz dizem que os dias estão ficando nublados, mas não cai uma gota d'água do céu.Luna Markman/G1
- Doença e estiagem mataram as palmas, plantas resistentes ao clima árido, plantadas por seu José Gomes, na Fazenda Gentil, em Santa Cruz.Henrique Zuba/ TV Globo
- Para não perder o rebanho, seu José Gomes está gastando dinheiro com ração. Luna Markman/G1
- A barragem Gentil ainda garante um pouco de irrigação à plantação de tomate, em Santa Cruz.Luna Markman/G1
- Odair Gomes trabalha na plantação de tomates e disse que eles estão pequenos este ano. 'Não desenvolveram por causa da falta de água, o que também diminuiu a produção', falou.Luna Markman/G1
- Seu José Morais toca o gado pela estradinha de terra, em busca de água, todos os dias. Luna Markman/G1
- Francisco Guimarães e seu pai, José Carlos, tiraram do próprio bolso quase R$ 2 mil para abrir um poço no sítio Barra Nova, em Santa Cruz, em 1993. Só agora, em maio, eles começaram a usar a água das chuvas de 2004 que estava reservada no local.Luna Markman/G1
- Seu José Carlos usa a água do poço para matar a sede do gado.Luna Markman/G1
- O barreiro que existia no terreno da família está completamente seco. Luna Markman/G1
- Na Fazenda Piranha, em Santa Cruz, Maria de Fátima recebe, a cada dois meses, água de carro-pipa, que guarda na cistena. 'Eu andava uns 3 Km com lata na cabeça, agora não precisa mais. Só tem que ter cuidado porque os carros-pipa não são muitos', disse.Luna Markman/G1
- Veículo abastece cisterna na Fazenda Piranha, dentro da Operação Carro-Pipa, do Exército. O cálculo é de 20 litros por pessoa/dia.Luna Markman/G1
- Terezinha anda cerca de 6 Km de carroça todos os dias para buscar água em um poço, na Fazenda Piranhas. Ela vai com o marido, Luiz Rodrigues. Mas a água é salinizada, não serve para o consumo humano. 'Na agonia, a gente nem pensa, bebe mesmo', contou.Luna Markman/G1
- Carros-pipa pegam água na barragem Cacimba das Garças para abastecer povoados distantes da sede de Santa Cruz.Luna Markman/G1
- Inaugurado em maio de 2011, pelo Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (ProRural), Cacimba das Garças é o único reservatório de água potável de Santa Cruz. Hoje, só está com 10% da sua capacidade.Luna Markman/G1
- Com a agricultura abalada pela seca, os preços dos produtos subiram até 75% na venda de dona Maria Valdete. O cacho de banana passou de R$ 1,50 para 2,50.Luna Markman/G1
- Em Lagoa Grande, última chuva capaz de encher barragens e barreiros ocorreu em 2004.Henrique Zuba/ TV Globo
- Fonte de água virou lama em Lagoa Grande. Estiagem fez município decretar situação de emergência.Henrique Zuba/ TV Globo
- Só 30% do feijão germinou neste terreno localizado na região de sequeira de Lagoa Grande. A área depende da água da chuva para a irrigação.Henrique Zuba/ TV Globo
- Catavento move bomba que capta água em poço artesiano. 'Estamos com um projeto para levar energia elétrica aos poços para que seu funcionamento não dependa apenas do vento', disse o secretário municipal de Agricultura, Reginaldo Alencar. Luna Markman/G1
- Poço abastecido com água de carro-pipa gera filas em Jutaí, distrito de Lagoa Grande. O serviço funciona das 8h às 12h. Os moradores não precisam pagar pela água, mas têm que ter disposição para carregar os baldes cheios.Luna Markman/G1
- Homem equilibra bicicleta e tonel cheio de água nos ombros e cabeça, em Jutaí.Luna Markman/G1
- Menino carrega bebê no colo enquanto a mãe dela está na fila da água, em Jutaí.Luna Markman/G1
- Maria Vilma de Souza faz várias viagens por dia para pegar água. 'Moram 12 pessoas lá em casa, é muita gente para beber, tomar banho', contou.Luna Markman/G1
- Seu Erivaldo Silva é o "lengo-lengo" do poço em Jutaí. 'Eu fico a manhã toda subindo e descendo a alavanca para puxar a água e ainda tenho que prestar atenção no pessoal. Tem gente que fura a fila', entregou.Luna Markman/G1
- Ovelhas ainda estão gordinhas em Jutaí, porque as folhas estão caindo das árvores. Mas, se bater uma garoa, as folhas no chão apodrecem e os animais não terão mais o que comer durante a seca.Luna Markman/G1
- Barragem Contendas, construída com verba do Ministério da Integração, abastecia povoados de Jutaí e São Mateus. Porém, desde janeiro, o reservatório está completamente seco.Luna Markman/G1
- Da barragem Contendas, sobra apenas um lamaçal. O distrito de Jutaí fica a 63 Km da margem do Rio São Francisco. Luna Markman/G1
- Árvore seca se destaca na paisagem, em Jutaí.Henrique Zuba/ TV Globo
- Pássaro dá um colorido especial aos galhos secos.Henrique Zuba/ TV Globo
- Jumento se refugia do sol quente embaixo de uma árvore seca.Luna Markman/G1
- Seu Adolfo Gomes vive ao lado da barragem Contendas. Este ano, não plantou nada. 'Até arei a terra, mas sem chuva, vi que não ia valer a pena', disse.Luna Markman/G1
- Toda plantação de milho e feijão de Lagoa Grande foi perdida por causa da longa estiagem.Henrique Zuba/ TV Globo
- Prefeitura de Lagoa Grande investe na abertura de cacimbas, escavações no terreno em busca de água, mas nem sempre ela é de boa qualidade.Luna Markman/G1
- Dona Josefa mora no povoado de Santo Antônio, em Lagoa Grande, com o marido Inácio Alves. O lugar fica apenas 5 Km do Rio São Francisco, mas eles chegam a passar sede. Não há água encanada até a casa deles.Luna Markman/ G1
- Olhar de Josefa Maria da Conceição reflete tristeza com a seca. 'Passo até quatro dias sem tomar banho. Prefiro usar para beber e cozinhar', disse.Luna Markman/G1
- Água da cisterna vai para o filtro de barro. 'Às vezes, não tem nem para fazer o café', lamenta dona Josefa.Luna Markman/G1
- Seu Geraldino Firmo carrega no peito o santo que dá nome ao povoado onde mora, na zona rural de Lagoa Grande. O agricultor perdeu todo o feijão que plantou nesta seca.Luna Markman/ G1
- Em 2007, o Ministério da Integração liberou verba para implantação e recuperação do sistema de abastecimento de água de Riacho do Recreio, em Lagoa Grande. Apesar do dinheiro em caixa, a obra não foi concluída.Luna Markman/ G1
- O sistema de Riacho do Recreio captaria e trataria a água do Rio São Francisco para abastecer Riacho do Recreio, localizado a cerca de 6 Km do manacial, e as comunidades do Tanque, Malhada Bonita e Santo Antônio, beneficiando quase 200 famílias.Luna Markman/ G1
- A Escola Municipal Padre José de Anchieta, onde crianças de Riacho do Recreio estudam, recebe água bruta do São Francisco. As funcionárias resolveram fazer o 'tratamento' por conta própria para não arriscar a saúde dos alunos. Elas coam e colocam cloro.Luna Markman/ G1
- Alunos sorriem para câmera do G1 e, por um momento, esquecem das dificuldades de morar no semiárido nordestino.Luna Markman/ G1
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