Vinte e quatro pessoas foram presas e oito menores apreendidos na manhã desta quarta-feira (7) na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. A ação integrada também acontece em outras comunidades da Região Metropolitana e envolve as Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e polícias Civil e Militar do Rio.
O objetivo da operação é prender criminosos procurados em várias regiões. Os agentes atuam em outras localidades consideradas estratégicas, como a BR-101 e o Arco Metropolitano.
Além das ações do plano integrado das forças de segurança, há operações da polícia em uma comunidade da Covanca, em Jacarepaguá, no Morro da Barão, na Praça Seca, e na Rocinha, em São Conrado.
Nesta terça-feira (6), a Avenida Brasil e as linhas Vermelha e Amarela, principais vias que cortam a cidade, chegaram a ser interditadas por causa de uma operação policial e tiroteios no Complexo da Maré, na Zona Norte. Na ação, um menino de 13 anos e um homem foram mortos. Na semana passada, confrontos entre policiais e traficantes na Cidade de Deus fecharam a Linha Amarela em dois dias seguidos.
Mais de três mil militares participam da ação desta quarta. Eles são responsáveis pelo cerco às comunidades e desobstrução de vias. O espaço aéreo está sendo controlado, e aeronaves civis têm restrições de circulação. Não há interferência nas operações dos aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont.
Em entrevista ao Bom Dia Rio o coronel Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), afirmou que a operação desta quarta é uma inovação, já que as tropas federais também estão atuando no eixo rodoviário da Região Metropolitana. "Eram dois tipos de operações que eram feitas separadamente e, hoje, estão sendo feitas em conjunto."
O coronel também informou que homens das tropas federais poderiam agir dentro das comunidades, e não só no cerco, caso haja uma ordem judicial para cumprimento de mandados.