quinta-feira, 30 de junho de 2011

'Eu errei quando chamei eles de vândalos', diz Cabral sobre bombeiros

29/06/2011 10h59 - Atualizado em 29/06/2011 21h33

Governador do RJ deu entrevista à rádio CBN na manhã desta quarta (29).
Deputados da Alerj aprovaram anistia a agentes na noite de terça.

Do G1 RJ
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou, em entrevista à rádio CBN, na manhã desta quarta-feira (29) que é a favor da anistia aos bombeiros presos após a invasão ao quartel central do Corpo de Bombeiros, no dia 3 de junho. "Eu errei quando chamei eles de vândalos. Eles erraram, se comportaram mal (na invasão do quartel), mas é uma instituição muito querida da população. Estou fazendo minha mea-culpa.  A anistia vai ao encontro desse desarmamento de espírito", disse o governador.

Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovaram, na noite de terça-feira (28), o projeto de lei 644/2011, que concede anistia administrativa aos mais de 400 bombeiros e a dois PMs presos. Isso significa que eles não poderão ser punidos pela corporação.
O projeto de lei foi aprovado por unanimidade pelos 60 deputados presentes e seguirá para sanção do governador Sérgio Cabral, que já prometeu sancioná-lo, segundo o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB).
Projeto de anistia
Em nota oficial divulgada na noite desta terça-feira, a Alerj informou que o projeto de lei 644/2011 é de autoria de 50 deputados. Os 12 deputados estaduais da base apelidada de "pró-bombeiros" não foram incluídos na autoria do projeto, o que causou insatisfação ao grupo. Antes da votação, os deputados da base governista trocaram farpas com os representantes da oposição.

Protesto em BrasíliaCerca de 400 bombeiros do Rio de Janeiro fazem manifestação nesta quarta-feira (29), na capital federal, reivindicando anistia criminal pela invasão do quartel. Eles também pedem aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 300, que cria um piso salarial nacional para os bombeiros e policiais militares de todo o país.
O protesto começou na Câmara Legislativa do DF, onde uma sessão solene homenageava o Corpo de Bombeiros do DF, que completa 155 anos no próximo sábado (2). Parte dos manifestantes entrou no auditório e realizou grito de protesto contra o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Em seguida, o grupo foi de ônibus rumo ao centro da cidade, de onde parte em caminhada para o Congresso Nacional. No Congresso, o objetivo é um encontro com deputados no auditório Nereu Ramos.

Governador falou sobre acidente

Na mesma entrevista, o governador fez comentários sobre o acidente de helicóptero que vitimou a namorada de seu filho Marco Antônio Cabral, na Bahia, e outras seis pessoas. Cabral rebateu críticas de que estava com um empresário que tem contratos importantes com o governo do estado do Rio e de ter usado um avião de outro empresário para ir até o Nordeste. “Eu sempre procurei separar vida privada e vida pública. Jamais tomei decisão na vida pública misturando vida privada. Quero assumir esse debate de um código de conduta.
“A cidade do Rio de Janeiro tem investido muito, o governo federal tem investido muito, a Petrobras, empresas privadas têm investindo. Empresas estão vindo para o Rio de Janeiro. O que mais ouço é que o Rio vive uma dinâmica de crescimento muito rara. Todas as construtoras ganham, todas as empresas ganham. É um absurdo vincular elo de amizade entre mim e do Fernando (Cavendish, empresário dono de construtora), que é anterior ao meu mandato.

Royalties do petróleo

Cabral afirmou que na quinta-feira (30), ele e mais cinco governadores, entre eles os do Espírito Santo e da Bahia, vão se encontrar em Brasília para ter orientação sobre a divisão dos royalties do petróleo. “Vamos nos encontrar a pedido da presidenta Dilma para discurtimos este assunto com calma e tranquilidade. Dá para o Brasil e o estado do Rio ganharem ao mesmo tempo. Apesar de que o Rio, que produz esta riqueza, não ganhar o valor que deveria ganhar. Já a Bahia ganha muito mais e nem produz o petróleo”.
PM ferido no Morro da Coroa“As UPPs vieram para ficar. O caso da (do Morro) Coroa é um caso isolado. É um absurdo darem para menores de idade uma granada. Eles acabaram jogando contra os policiais e um PM teve a perna amputada e agora corre até o risco de perder a outra. Mas nós continuaremos com as UPPs e agora estamos pacificando a Mangueira, que é um território a ser celebrado”.
Quanto ao salário dos policiais, o governador disse que neste segundo semestre, todos receberam uma gratificação dobrada pelo excelente trabalho de contribuir para acabar com o crime: “Para estes policiais, nós queremos, junto com a política de metas que nós estabelecemos, reduzir cada vez mais o número de homicídios, latrocínios e roubo de veículos. E dobramos para este semestre a gratificação para eles. É uma contribuição mais que financeira, mas ética, profissional e moral”.
Greve dos professoresCabral também comentou a greve dos professores da rede estadual, que reivindicam reajustes salariais. “No meu primeiro mandato, houve um erro na escolha da coordenação e isso prejudicava muito a política dos professores. Mas agora o magistério está sendo incentivado. Há 12 anos eles não tinham um reajuste no salário. Estamos abertos para negociação”.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

VEREADOR CABO JULIO APRESENTA REIVINDICAÇÕES DA CLASSE PARA COMANDANTE GERAL

Vereador CABO JÚLIO apresenta reivindicações da classe para Comandante-Geral

 
Encontro aconteceu na tarde desta terça-feira (28/06) na Cidade Administrativa
O Vereador CABO JÚLIO (PMDB), o Deputado Estadual Sargento Rodrigues (PDT) e os representantes das entidades de classe reuniam-se na tarde desta terça-feira (28/06) com o Comandante-Geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para levar as reivindicações da classe.
A reunião, que aconteceu na Cidade Administrativa, foi pontuada por reclamações antigas da tropa, entre elas, os critérios de promoção que não priorizam a antiguidade. Militares mais modernos estão sendo promovidos em detrimento dos militares mais antigos. Outro ponto discutido foram as transferências consideradas arbitrárias e desumanas. Há policial sendo transferido para município com distância muito grande da cidade de origem, penalizando o militar e a própria família.
O aumento do número de vagas para o CEFS também esteve na pauta das reivindicações além do pedido de redução de dez para cinco anos para os militares na graduação de cabo para o Curso de Formação de Sargento (CIFS). Em muitos casos, o militar vai para a reserva sem o benefício da lei.
Por último, o vereador, o deputado e os presidentes das entidades de classe solicitaram que o Comando-Geral também somasse esforços junto ao Governo para a concessão do bônus compensatório ao prêmio de produtividade para os inativos.
O Cel. Renato se dispôs a analisar todas as reivindicações e suas possíveis soluções.
(Informações assessorias Vereador CABO JÚLIO/Sgt. Rodrigues e CSCS)/Foto: CSCS

O presidente da ALMG garantiu que somará esforços pessoais para que se estabeleça o mais pleno diálogo entre servidores e o Governo

Presidente da ALMG recebe servidores da educação e da saúde
Representantes dos servidores estaduais das áreas da educação, saúde e previdência solicitaram, nesta quarta-feira (29/6/11), a intervenção do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), na negociação de reivindicações sindicais com o Poder Executivo.
De acordo com os representantes das duas categorias, o Governo do Estado vem resistindo a abrir negociações efetivas. Dinis Pinheiro disse que os presidentes das Comissões de Educação, Ciência e Tecnologia, deputado Bosco (PTdoB); e da Saúde, deputado Carlos Mosconi (PSDB); já estão conversando com representantes do Executivo tanto sobre o andamento das negociações quanto sobre propostas efetivas.
O presidente da ALMG garantiu que somará esforços pessoais para que se estabeleça o mais pleno diálogo entre servidores e o Governo. "Tenho o dever de dar minha contribuição para que o diálogo seja permanente. A greve não é boa para ninguém", afirmou Dinis Pinheiro. Ele ressalvou, no entanto, que só poderia atuar dentro de seus limites, uma vez que não cabe ao Poder Legislativo autorizar o atendimento de qualquer reinvindicação.
Educação -
Com relação aos servidores da educação, que estão em greve desde o dia 8 de junho, o deputado Bosco informou aos servidores que uma proposta concreta já está em estudo pelo Executivo e que será submetida à aprovação do governador Antonio Anastasia nesta sexta-feira, quando ele retorna de viagem.
O estudo, segundo ele, foi feito pelas Secretarias de Estado de Educação e de Planejamento e Gestão. Os detalhes da proposta não foram revelados pelo Executivo. A partir do exame feito pelo governador, na sexta, seria marcada uma reunião com os servidores.
Saúde -
O presidente da Assembleia informou também que o deputado Carlos Mosconi já está negociando com o Executivo o agendamento de um encontro com os representantes sindicais da saúde e do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). O presidente também alertou para a necessidade de uma melhor distribuição de recursos entre os entes federados, de forma a garantir aos Estados e municípios condições de atender as reivindicações de seus servidores.
Reivindicações
- De acordo com a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sindi-UTE), Beatriz Cerqueira, a principal reivindicação da categoria é o reajuste do vencimento básico dos servidores do setor. Eles questionam a adoção do subsídio único como forma de remuneração dos servidores. "Não vamos começar o segundo semestre sem a negociação de um piso salarial. Há uma lei federal que diz que piso é vencimento básico inicial de carreira", afirmou Beatriz. Ela se queixou que a Secretaria de Educação só admitiu negociação se a greve fosse encerrada.
A presidente do Sindicato dos Servidores do Ipsemg (Sisipsemg), Antonieta de Cássia, disse que os servidores do órgão ainda nem foram reposicionados no plano de carreira aprovado na Assembleia. Eles estão em greve desde o dia 27. "Tínhamos 8 mil funcionários, hoje são 4 mil", afirmou.
O dirigente do Sindisaúde, Renato Barros, informou que trabalhadores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) já estão em greve e que a Fundação Hemominas e a Unimontes estão para paralisar suas atividades.
Trabalhadores da educação e saúde também apresentaram queixas específicas com relação à falta de condições de trabalho. Diretora do Sindisaúde, Neusa Freitas disse que servidores e pacientes do Hospital Júlia Kubitschek sofrem desde 2007 com comida contaminada, que seria fornecida pela empresa contratada pelo Estado. A servente Maria Helena Duarte se queixou das inundações que atingem a Escola Estadual Dr. Arthur Bernardes, em Sete Lagoas; e o professor Welshman afirmou que a Escola Estadual do povoado de Lagoa de Baixo, em Rubelita, não conta nem mesmo com água potável.
Além de Dinis Pinheiro e Bosco, participaram da reunião com os servidores os deputados Rogério Correia (PT), Pompílio Canavez (PT), Elismar Prado (PT), Carlin Moura (PCdoB), Antônio Júlio (PMDB), Paulo Lamac (PT) e Duarte Bechir (PMN).
 
 
 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

PARABENS AOS DEPUTADOS - Alerj aprova anistia administrativa a bombeiros


28/06/2011 20h33 - Atualizado em 28/06/2011 21h21

Cabral prometeu sancionar o projeto, segundo o presidente da casa.
Foram aprovados ainda reajuste e mudança de uso de Funesbom.

Tássia Thum Do G1 RJ
Bombeiros comparecem a sessão na Alerj (Foto: Tássia Thum/G1)Bombeiros acompanharam votação na Alerj
(Foto: Tássia Thum/G1)
Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovaram, na noite desta terça-feira (28), o projeto de lei 644/2011, que concede anistia administrativa aos mais de 400 bombeiros e a dois PMs presos após a invasão ao quartel central da Corpo de Bombeiros, no último dia 3. Isso significa que eles não poderão ser punidos pela corporação.
O projeto de lei foi aprovado por unanimidade pelos 60 deputados presentes e seguirá para sanção do governador Sérgio Cabral, que já prometeu sancioná-lo, segundo o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB).

Paulo Melo adiantou ainda que o governo já acenou também para a possibilidade de dar o vale-transporte, uma das principais reivindicações da categoria. No entanto, ele não confirmou de onde sairá o recurso para o pagamento.

O deputado informou também que a questão deverá ser conduzida pelo secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões.
Projeto
Em nota oficial divulgada na noite desta terça-feira, a Alerj informou que o projeto de lei 644/2011 é de autoria de 50 deputados. Os 12 deputados estaduais da base apelidada de "pró-bombeiros" não foram incluídos na autoria do projeto, o que causou insatisfação ao grupo. Antes da votação, os deputados da base governista trocaram farpas com os representantes da oposição.
Muitos bombeiros que compareceram ao plenário da Alerj para acompanhar as votações comemoraram a decisão, cantando o hino da corporação e gritos de guerra. Eles foram ao plenário com camisas vermelhas e cartazes pedindo a anistia criminal e administrativa aos mais de 400 colegas que foram presos.
Reajuste de 5,58% e Funesbom
Mais cedo, os deputados aprovaram a antecipação para julho do reajuste de 5,58% para os bombeiros e funcionários do setor da segurança do estado, como policiais militares e civis, que também será encaminhado para a sanção de Cabral. Anteriormente, o projeto havia recebido 32 emendas, mas nenhuma delas foi aprovada.
Também foi aprovado o projeto de lei que modifica a finalidade de uso do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom). Com isso, parte do fundo pode ser usado para pagamento de gratificações aos bombeiros. Antes, o fundo era utilizado para a compra de equipamentos para a corporação. O projeto, que foi aprovado com o texto original, também seguirá para a sanção do governador.
No entanto, os bombeiros são contra as gratificações e querem o aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil líquido. E também reivindicam o vale-transporte.
Senado aprova anistia
Carreata dos bombeiros no Rio (Foto: Bernardo Tabak/G1)Pelo menos 100 carros de passeio participaram do
protesto dos bombeiros (Foto: Bernardo Tabak/G1)
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, no dia 22, um projeto de lei que anistia os bombeiros do Rio de infrações previstas no Código Penal Militar e no Código Penal. O projeto de lei foi aprovado em caráter terminativo (sem necessidade de ser aprovada em plenário) e segue para análise da Câmara dos Deputados. Se aprovada pelos deputados, a proposta vai à sanção presidencial.
No último domingo (26), centenas de bombeiros fizeram uma passeata pedindo a anistia criminal e administrativa. Professores da rede estadual de ensino, policiais militares e funcionários públicos também participaram do protesto. Depois da caminhada, os bombeiros fizeram uma carreata da Zona Sul a Zona Oeste.

terça-feira, 28 de junho de 2011

MEIO AMBIENTE - SENADOR EM DEFESA DAS FLORESTAS

27/06/2011 - 07h05
Em defesa das florestas
Na primeira coluna para o Congresso em Foco, senador prevê um “debate diferente” do novo Código Florestal no Senado, após a tramitação na Câmara “absolutamente tendenciosa aos interesses do agronegócio”

A aprovação na Câmara dos Deputados do projeto do Código Florestal, o PLC nº 30 de 2011, relatado pelo deputado Aldo Rebelo, ocorreu com muito conflito e após muitas tentativas frustradas de negociação, como todos sabem. O Psol e todos aqueles que defendem um desenvolvimento sustentável, as florestas e seus povos, os recursos hídricos, a riqueza da biodiversidade e o equilíbrio climático, tanto nas zonas rurais como nas cidades, consideram o projeto extremamente nocivo ao interesse público, ao interesse nacional e às futuras gerações brasileiras.

Vamos inaugurar no Senado Federal um debate diferente do que foi conduzido na Câmara dos Deputados, que criou uma Comissão Especial do Código Florestal absolutamente tendenciosa aos interesses do agronegócio, apesar da brava oposição da bancada do meu partido. 

O debate sobre a proteção das florestas conquistou a sociedade brasileira. Diversas instituições de ensino e pesquisa, do poder público e movimentos sociais  se posicionaram, se envolveram e se engajaram. Estudantes, profissionais e trabalhadoras ganham as ruas. A opinião da população brasileira sobre o projeto não se reflete na correlação de forças demonstrada na votação da Câmara.

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo instituto Datafolha, denominada "Opinião da população brasileira sobre a proposta de novo Código Florestal", realizada em todo o Brasil, apontou dados bastante contundentes. Devemos atentar para estes números: 95% dos brasileiros não aceitam manter as ocupações irregulares em áreas de preservação permanente (APP), chamadas pelo relator de "área consolidada".

Esse conceito respalda a chamada "anistia ampla, geral e irrestrita" a multas e infrações penais por crimes ambientais, obrigando União, estados e municípios a renunciarem a valores que podem variar entre US$ 13 bilhões e US$ 26 bilhões por infrações ambientais. Isso é uma vergonha internacional para um país conhecido internacionalmente como o detentor da maior parcela do território da Amazônia sul-americana.

As ocupações irregulares em APP de margens de rios e encostas de morros, que podem ocasionar tragédias humanas, seriam regularizadas pelo projeto de novo Código Florestal. Isso seria permitido exatamente com base no conceito de "área consolidada" introduzido pelo relator, que inicialmente consideraria as terras ocupadas ilegalmente até 22 de Julho de 2008. Entretanto, o PLC 30/11 aprovado permite interpretações que extrapolam os prazos temporais e a natureza das atividades permitidas em áreas atualmente protegidas, o que é uma temeridade absoluta.

Precisamos estabelecer alguns parâmetros, que consideramos pertinentes ao bom debate no Senado. Um deles é uma agenda comum de debates para as comissões onde o projeto irá tramitar, envolvendo toda a complexidade relacionada com o Código Florestal. Setores ligados à questão urbana, por exemplo, não foram sequer ouvidos na Câmara. Aqui no Senado, o projeto já recebeu duas emendas que reduzem APP em área urbana de 30 para 15 metros.

Quem quiser defender o PLC 30/11 que defenda, mas admita que o agronegócio tem um custo alto chamado desmatamento. Admita que precisa expulsar pequenos colonos e admita que em algumas regiões essa expansão resultou em morte de lideranças rurais. Respeitamos quem possui seriedade nas argumentações, mesmo que possamos discordar frontalmente delas. Existem números inquestionáveis sobre o impacto do projeto, calculados por instituições sérias e respeitadas, que utilizam metodologias consistentes e explicitadas.

O sangue de seis homens e mulheres inocentes e honestos, trabalhadores e trabalhadoras pobres, defensores da floresta, já foi derramado cruelmente no último mês, na mais recente ofensiva do latifúndio sobre a Amazônia. O latifúndio está em plena marcha na primeira etapa de seu projeto, que é o desmatamento criminoso.

Quero deixar claro que a bancada do Psol no Senado Federal, assim como na Câmara dos Deputados, tem um lado nessa guerra: estamos juntos aos trabalhadores rurais, das populações extrativistas, dos indígenas. Exigimos punição, controle do Estado e, sobretudo, o fim desse modelo de desenvolvimento assassino e devastador.

Acreditamos que o Senado fará um bom debate, com tempo, argumentos sérios e informações seguras, visando consolidar a legislação ambiental brasileira e preservar as diretrizes do Código Florestal atual, que não precisa ser revogado, nem alterado, apenas regulamentado pelo Executivo Federal. Estamos ao lado do Brasil, da agricultura familiar, das florestas, dos recursos hídricos, da fauna, da flora e do desenvolvimento sustentável.


* Aos 38 anos, Randolfe é o senador mais jovem do país e foi o candidato ao Senado mais votado do Amapá, eleito com mais de 200 mil votos. Militante estudantil, liderou as principais lutas de sua geração no estado, dentre elas, o movimento dos “caras-pintadas”, que exigia o impeachment de Fernando Collor. É professor universitário, historiador, bacharel em Direito e mestre em Políticas Públicas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mortes em rodovias federais caíram 35% no feriado prolongado, diz PRF

27/06/2011 15h33 - Atualizado em 27/06/2011 16h24

Ocorreram 2.073 acidentes, 1.232 feridos e 85 mortes neste Corpus Christi.
Conforme PRF, fiscalização foi aprimorada e campanhas aumentaram.

Do G1, em Brasília
A Polícia Rodoviária Federal informou nesta segunda-feira (27) que as mortes nas rodovias federais caíram 35% no feriado de Corpus Christi em comparação com o mesmo feriado do ano passado. A operação foi realizada entre quinta (23) e domingo (26).
Segundo a PRF, no ano passado ocorreram 131 óbitos e neste ano, 85 - redução de 35%. Com relação ao número de acidentes, houve diminuição de 5%. Foram 2.181 acidentes no ano passado e 2.073 acidentes neste feriado. O número de feridos, que foi de 1.357 no ano passado, caiu 9% neste feriado, quando 1.232 pessoas se machucaram nas rodovias federais.
A PRF informou ainda que neste feriado realizou 73 mil fiscalizações, aplicou 29 mil autos de infração e recolheu 1.282 veículos e 528 carteiras de habilitação.
Em Minas Gerais, de acordo com a PRF, foi registrada a maior queda do número de mortes. De 24 caiu para 14, o que representa redução de 49%. Em seguida, está o Espírito Santo, onde ocorreram 11 mortes no ano passado contra duas em 2011.
A PRF de Minas Gerais havia informado que 16 pessoas morerram em rodovias federais. Esse número leva em conta os acidentes ocorridos também na quarta-feira (22).
Nenhuma morte foi registrada nas rodovias federais de Amazonas, Amapá, Tocantins e Roraima, segundo a PRF.
Causas
A assessoria da PRF informou que a redução de mortes no trânsito se deve principalmente a dois fatores: fiscalização aprimorada e campanhas de trânsito em áreas que tiveram maior movimento.
Segundo o órgão, a quantidade de multas de trânsito mostra que a fiscalização esteve voltada para o motorista que adota comportamento de risco. No ano passado, 79 mil veículos foram fiscalizados e 22 mil motoristas autuados. Neste ano, foram 73 mil fiscalizações e 29 mil autos de infração.
Além disso, conforme a assessoria, a coincidência entre o feriado de Corpus Christi e a festa de São João no Nordeste resultou em um número maior de campanhas de trânsito, realizadas não só pela PRF, que colaboraram com a conscientização do motorista e a diminuição da violência nas rodovias federais.
Bafômetro
De acordo com o balanço divulgado pela PRF, durante a operação, 8.139 testes de alcoolemia - bafômetro - foram realizados. Em todo o país, 429 motoristas foram reprovados, dos quais 196 foram presos em flagrante por crime de trânsito

domingo, 26 de junho de 2011

APOIO CULTURAL E PREFEITURA MUNICIPAL DE BERTÓPOLIS PROMOVEM A MAIOR FESTA JUNINA DE TODA SUA HISTÓRIA



A Prefeitura Municipal de Bertópolis   promoveu a maior festa   junina de sua história  em comemoração ao dia do padroeiro da cidade São João Batista.  Do dia 22/06 ao dia 26/06/2011 foram feitas diversas apresentações de artistas, cantores, cantadores, apresentação das quadrilhas do PETI, PROJOVEM e da Escola Estadual de Bertópolis,    barraquinhas diversificadas com comidas típicas e bebidas diversas, sorteios, leilões, procissão, missa, hasteamento do mastro, cavalgada feminina que reuniu belíssimas amazonas de toda a região. Atraido pela grandeza do evento, vieram milhares de pessoas de toda parte do pais, bem como de gente oriunda de outros países. No dia 23 teve a apresentação do cantor Franklin Aguiar que deu um show de interpretação de músicas nordestinas (forro) de toda parte do país. Estiveram presentes diversas autoridades civis e militares, deputados federal, prefeitos da região entre outros. Os artistas que fizeram a alegria dos participantes do mega evento. Bandas e cantores: Franklin Aguiar; Banda Reféns da Paixão; Mix do forro; Shot da Velha; Baião Tropical; Dupla Gilson e Júnior; Oliveira dos teclados; Banda Estrela Guia; Cantor Doro Brasa Mundo; dupla Braulio e Ricardo; Banda Pegada Louca e Alfredo e seus teclados. Com a segurança feita pela Polícia Militar,  todo o evento transcorreu na mais perfeita ordem.









segunda-feira, 20 de junho de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE JACINTO (MG) SUSPENDE CONCURSO

20/06/2011 18h46 - Atualizado em 20/06/2011 18h49

Prefeitura de Jacinto (MG) suspende concurso para 138 vagas

Cargos são de todos os níveis de escolaridade.
Salários variam de R$ 545 a R$ 900.


Do G1, em São Paulo

A Prefeitura de Jacinto (MG) suspendeu temporariamente o concurso para 138 vagas de todos os níveis de escolaridade. Os salários variam de R$ 545 a R$ 900. A prefeitura informou em edital que o concurso não está cancelado ou anulado, mas sim suspenso até que sejam feitas correções no edital.
Prefeitura de Jacinto (MG)
Inscrições
Suspenso
Vagas
138
Salário
De R$ 545 a R$ 900
Taxa
De R$ 27 a R$ 45
Prova
24 de julho
A suspensão ocorreu por decisão do Egrégio Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, para alteração de alguns itens do edital como requisito do cargo de motorista, retificação dos prazos para recurso e alteração nas disciplinas, escolaridade, especialização e número de vagas destinado aos cargos de especialista da educação básica e professor da educação básica.
A reabertura do concurso será publicada no quadro de avisos da prefeitura, no site da organizadora e no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais.
Os cargos para quem é alfabetizado são de ajudante geral e coveiro. Quem possui nível fundamental os cargos são de auxiliar mecânico, auxiliar de serviços, lanterneiro / soldador, mecânico, motorista. Os cargos de nível médio são de auxiliar administrativo I, eletricista, fiscal de obras e fiscal de vias.
Os cargos de nível superior são de especialista da educação básica, professor da educação básica (ciências, educação física, geografia, história, matemática, português/inglês e português /artes).
As inscrições podem ser feitas través do site www.msmconsultoria.com.br ou, pessoalmente, na sede da prefeitura, localizada na Avenida Antônio Ferreira Lúcio, 343, 1º Andar, Centro, Jacinto (MG). As taxas de inscrição vão de R$ 27 a R$ 45.
As provas objetivas serão aplicadas dia 24 de julho.

Polícia Federal apreende R$ 50 mil em cédulas falsas em MG


20/06/2011 18h30 - Atualizado em 20/06/2011 19h20
Segundo polícia, o homem que levava o dinheiro foi preso em flagrante.
Notas eram trazidas de Foz do Iguaçu (PR) e distribuídas na Grande BH.
Do G1 MG
A Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 50 mil em cédulas falsas, na tarde desta segunda-feira (20), com um homem de 30 anos, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a PF, o suspeito foi preso em flagrante com mil notas novas de R$ 50. Após investigação, os policiais descobriram que o dinheiro falso era trazido de Foz do Iguaçu (PR) para ser distribuído na Grande BH. Segundo a corporação, até mesmo a marca d'água das cédulas originais foram falsificadas.
Homem foi preso em flagrante com mil notas de R$ 50 em Betim, na Grande BH (Foto: Polícia Federal de Minas Gerais/Divulgação)Homem foi preso em flagrante com mil notas de R$ 50 em Betim, na Grande BH (Foto: Polícia Federal de Minas Gerais/Divulgação)


O suspeito vai responder pelo crime de moeda falsa e pode ser condenado a até 12 anos de prisão em regime fechado. Ele foi ouvido e autuado na Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais.

FILHOTE DE PEIXE-BOI RESGATADO NO AMAZONAS

20/06/2011 15h48 - Atualizado em 20/06/2011 15h48

Filhote de peixe-boi usado como isca é resgatado no Amazonas

Mamífero com dois meses de vida foi encontrado em Barreirinha.
Há suspeita de que o animal tenha sido utilizado como isca em caça ilegal.


Do Globo Natureza, em São Paulo

Filhote de peixe-boi é alimentado após chegar ao Inpa, em Manaus (AM) (Foto: Eduardo Gomes/Inpa)Filhote de peixe-boi é alimentado após
chegar ao Inpa, em Manaus (AM)
(Foto: Eduardo Gomes/Inpa)
Um filhote de peixe-boi com cerca de dois meses de vida foi resgatado no último fim de semana na cidade de Barreirinha, a 330 km de Manaus (AM), e levado com urgência para as instalações do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) nesta segunda-feira (20).
Visivelmente abatido e desnutrido (o animal está com
8 kg, quando deveria pesar ao menos 16 kg), populares teriam encontrado o animal enroscado em uma rede de pesca. Entretanto, há suspeita de que o mamífero tenha sido utilizado em atividades de caça ilegal.
O Globo Natureza apurou com o Inpa que muitos pescadores utilizam o filhote de peixe-boi como isca, amarrando-o no rio por certo tempo na intenção de atrair a mãe e capturá-la.
Técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) vão apurar se o filhote encontrado iria ser utilizado para o crime ambiental.
O animal foi levado por veterinários da Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) ao Inpa, onde vai permanecer em observação no Laboratório de Mamíferos Aquáticos. A região de Barreirinha, no interior do Amazonas, é conhecida por concentrar grande quantidade da espécie.
Há suspeita de que o filhote de dois meses tenha sido utilizado como isca durante caça ilegal à espécie (Foto: Eduardo Gomes/Inpa)Há suspeita de que o filhote de dois meses tenha sido utilizado como isca durante caça ilegal à espécie (Foto: Eduardo Gomes/Inpa)

tópicos:

TODOS GOSTAM DE DANÇAR, MAS, SERÁ QUE TODOS CONHECEM A ORIGEM DO FORRÓ?

Conheça as origens e a evolução do forró, o ritmo da festa de São João

Estilo passou por três grandes fases desde que surgiu, nos anos 1940.
Evolução causa disputa, mas formatos podem conviver, dizem críticos.


Daniel Buarque Do G1, em Campina Grande (PB)

Começa nesta semana o principal momento da maratona de forró nas festas de São João no Nordeste. Com a aproximação da noite oficial de comemoração do santo, na próxima sexta-feira (24), é quase impossível ouvir algum tipo de música diferente nesta época nas cidades que se transformam em principais focos da festa, como Campina Grande (PB) e Caruaru (PE).
Mas dizer que todos tocam forró não quer dizer necessariamente que a música é a mesma. Ao longo das sete décadas desde que surgiu e se espalhou pelas mãos de Luiz Gonzaga, o estilo musical que é símbolo do Nordeste passou por transformações em sua forma. Ele deixou de ser uma música puramente regional tocada com sanfona, zabumba e triângulo, se adaptou à modernidade, incorporou elementos do pop, do axé e do tecnobrega. Bandas de forró mais novas têm uma produção comparável a grandes shows de pop do mundo. Um desses grupos, Calcinha Preta, fez até mesmo apresentações em 360 graus, como as do U2.
Ouça músicas que mostram a evolução do forró na Globo Rádio
arte da linha do tempo e genealogia do forró - são joão (Foto: Editoria de Arte/G1)
A transformação gera controvérsias e disputas. O secretário de cultura da Paraíba, o cantor Chico César, criticou as bandas mais “modernas”, que chamou de “forró de plástico”. No mesmo tom, Dominguinhos, fiel ao forró original, já alegou que as bandas novas mudaram tanto o estilo que “não dá pra dizer que aquilo é forró”. Apesar da evolução e dos contrastes, os diferentes estilos do forró podem “conviver”, segundo Expedito Leandro Silva, autor de “Forró no Asfalto: mercado e identidade cultural”, em que trata da evolução e urbanização do estilo musical que é marca do São João no Nordeste. “O primeiro não deixa de existir, e o segundo continua a se modernizar e acentua suas diferenças em relação ao original”, disse ao G1.
Pesquisadores do tema costumam dividir o estilo em três grandes fases: Forró tradicional (também chamado de pé-de-serra), Forró Universitário e Forró Eletrônico. Elas são marcadas pela urbanização, incrementação técnica e adaptação do estilo ao mercado em diferentes épocas.
Elba Ramalho e Dominguinhos em um prêmio de música em 2008 (Foto: Felipe Panfili / G1)Elba Ramalho e Dominguinhos em um prêmio de
música em 2008 (Foto: Felipe Panfili / G1)
Surgimento
Logo que apareceu, o forró era uma criação artística autêntica do universo rural do sertanejo, e teve em Luiz Gonzaga seu principal divulgador e representante. A música era normalmente tocada com apenas três instrumentos e trazia nas letras temas saudosistas, regionais e com forte sotaque interiorano.
O pé-de-serra continua presente em sua forma clássica na grande festa do Nordeste. Seja pelas mãos de artistas já consagrados nacionalmente, como Dominguinhos, ou por nomes mais locais, como Santana, ainda há quem mantenha vivo o estilo original.
Reciclagem
As primeiras grandes mudanças vieram a partir de 1975, quando músicos populares da época, como Alceu Valença, Zé e Elba Ramalho e Geraldo Azevedo se enveredaram pelo forró, adaptando o estilo à época e à forma que já tocavam. Era o forró Universitário, que tinha o nome tirado do público jovem e urbano a que apelavam.
Buscamos fazer pé-de-serra junto com nosso cotidiano, nossa realidade"
Ricardo Cruz, do Falamansa
O estilo foi retomado em estilo parecido duas décadas depois, quando grupos como Falamansa e Trio Rastapé se tornaram populares nacionalmente com o “pé-de-serra adaptado ao mundo atual”, como explicou Ricardo Cruz, do Falamansa, ao G1.
“A semelhança entre a gente e Alceu Valença e Zé Ramalho existe por termos seguido um mesmo movimento de buscarmos nas fontes originais, tradicionais, como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, aliando ao momento que vivemos. No meu caso, é a contemporaneidade, misturando o pé-de-serra” com influências de reggae, rock e MPB. Buscamos fazer pé-de-serra junto com nosso cotidiano, nossa realidade”, disse.
Cavaleiros do Forró dizem que música levanta o público (Foto: Divulgação)A banda Cavaleiros do Forró, que toca o estilo
eletrônico (Foto: Divulgação)
Revolução
Apesar da continuidade do forró tradicional e da mudança de sotaque sem grande transformação do universitário, nos anos 1990 o estilo passou por sua maior transformação. Foi quando incorporou instrumentos novos, bailarinas, roupagem mais colorida e elementos de músicas sertaneja, romântica, brega e até do axé para criar o forró eletrônico.
Também chamado forró estilizado ou até mesmo “oxente music”, o movimento começou no início da década, com grupos como Mastruz com Leite e Magníficos, e foi se tornando maior e mais transformador ao longo dos anos.
É como se pegássemos uma música de Roberto Carlos e tocássemos em ritmo de forró"
José Inácio, Banda Magníficos
A mudança nas últimas décadas foi tão intensa, chegando a grupos como Aviões do Forró e Calcinha Preta, que, segundo o pesquisador Expedito Silva, mudaram tanto a proposta original que se aproximam mais do tecnobrega de que do forró propriamente dito.
Em entrevista ao G1, o fundador da banda Magníficos, uma das primeiras do forró estilizado, explicou que o que eles fazem é música popular romântica misturada com forró. “É como se pegássemos uma música de Roberto Carlos, por exemplo, e tocássemos em ritmo de forró”, disse José Inácio, o Jotinha.
A banda Magníficos, na verdade, começou com músicas tradicionais, pé-de-serra, mas decidiu mudar. “Luiz Gonzaga nos influenciou muito, mas adaptamos o pé-de-serra tradicional ao romântico. Gostamos e respeitamos, mas não é o que queremos fazer. Você tem que acompanhar a evolução das coisas”, disse.
Segundo Silva, que estudou a evolução do forró, o principal diferencial entre o estilo clássico e o eletrônico é que as bandas novas lidam melhor com o mercado, vendem mais. “O estilo é preferido pelas pessoas mais jovens, que se identificam mais. O que acontece é que quem gosta de forró, especialmente no Nordeste, não confunde o eletrônico com o tradicional. Ele vê o estilizado como lazer, diversão, passatempo, mas respeita o forró tradicional”, disse.

MEIO AMBIENTE - FOI VEICULADO NA TV: UM ÚNICO FAZENDIRO DESMATOU SEIS MIL HECTARES DE FLORESTA

Ministério acrescenta 7 cidades à lista dos maiores desmatadores

Municípios do Pará, Maranhão, Mato Grosso e Amazonas foram incluídos.
Fiscalização será reforçada para combater devastação da Amazônia.

Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, em São Paulo
Decreto do Ministério do Meio Ambiente incluiu nesta semana mais sete cidades à lista das localidades que mais devastaram o bioma Amazônia.
Passaram a integrar o grupo, que já contabilizava 41 cidades, os municípios de Moju (PA), Grajaú (MA), Boca do Acre (AM), Alto Boa Vista (MT), Tapurah (MT), Claudia (MT) e Santa Carmem (MT). De acordo com o governo federal, que publicou portaria a respeito na última quarta-feira (25), elas terão prioridade na fiscalização de crimes ambientais e em programas de criação de alternativas para a população que vive da exploração ilegal da floresta.
Desmatamento no Mato Grosso (Foto: Reprodução/TV Globo)Desmatamento em MT (Foto: Reprodução/TV Globo)
Para definir a lista, criada em dezembro de 2007, a União utilizou as taxas de devastação da floresta nos últimos três anos e ainda dados do sistema de monitoramento de desmatamento em tempo real da Amazônia Legal (Deter), entre o período de agosto de 2010 e abril de 2011.
Os sete municípios chamaram a atenção a partir dos dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela operação do Deter.
Entre março e abril, 593 km² da floresta Amazônica foram derrubadas. Deste total, 480 km² foram somente em Mato Grosso, estado que foi o principal responsável pela devastação no período e que abriga o maior número de cidades na lista de alerta (22).
Disputa
Alto Boa Vista é a cidade mato-grossense com o maior foco de desmatamento detectado em abril na Amazônia Legal, com uma área de 68,8 km² dentro da Terra Indígena Maraiwatsede, - o equivalente a 43 vezes o Parque Ibirapuera, em São Paulo. A reserva é palco de uma disputa entre fazendeiros e índios xavantes.
No mesmo estado, Tapurah registrou desmates com a utilização de correntes de aço gigantes. A técnica, conhecida como ‘correntão’, é empregada por fazendeiros na derrubada ilegal de grandes árvores e na limpeza de propriedades.
De acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), centenas de árvores nativas, entre elas o Jatobá, Cambará e a Itaúba, são derrubadas pela corrente, que ganha força ao ser puxada por um trator. A região fica em uma área de transição entre o Cerrado e a Amazônia, área que já foi explorada no passado e agora sofre novo ataque.
Gabinete
Para tentar reduzir o desmatamento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou um gabinete de crise com medidas de reforço na fiscalização feita pelo Ibama e a participação das Forças Armadas no combate aos crimes ambientais.
Veja a lista dos 48 municípios que mais desmatam a Amazônia, segundo o MMA
Amazonas: Lábrea, Boca do Acre
Mato Grosso: Alta Floresta, Alto Boa Vista, Aripuanã, Brasnorte, Claudia, Colniza, Confresa, Cotriguaçu, Feliz Natal, Gaúcha do Norte, Grajaú, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Maringá, Nova Ubiratã, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Santa Carmem, São Félix do Araguaia, Tapurah, Vila Rica
Maranhão: Amarante do Maranhão
Pará: Altamira,Brasil Novo, Cumaru do Norte, Dom Eliseu, Machadinho D´Oeste, Nova Bandeirantes, Marabá, Moju, Nova Mamoré, Novo Progresso, Novo Repartimento, Pacajá, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Tailândia, Ulianópolis, Itupiranga
Rondônia: Pimenta Bueno, Porto Velho
Roraima: Mucajaí
tópicos:

Desmatamento na Amazônia Legal cresceu 72% em maio, aponta Imazon


17/06/2011 16h16 -

Comparação é em relação ao mesmo mês do ano passado.
Estado do Pará foi líder na devastação da floresta, diz instituto.

Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, em São Paulo
Levantamento divulgado nesta sexta-feira (17) pela organização ambiental brasileira Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) aponta que a Amazônia Legal perdeu 165 km² de florestas devido ao desmatamento em maio, número que é 72% superior ao registrado no mesmo mês de 2010, quando a floresta perdeu 96 km² por corte raso (destruição total da mata).
Gerados a partir de imagens de satélite, os dados apresentam ainda um crescimento de 24% no desmatamento entre agosto de 2010 e maio de 2011, no comparativo com agosto de 2009 e maio de 2010. De acordo com o Imazon, desapareceu da Amazônia, nos últimos dez meses, uma área superior ao tamanho do município do Rio de Janeiro.
Devido à cobertura de nuvens, que atrapalha os satélites, o instituto monitorou 47% da área florestal na Amazônia Legal em maio. A região central e norte do Pará, e os estados do Amapá e Roraima estiveram mais de 80% encobertos.
O índice está próximo aos 27% de crescimento na devastação registrados pelo sistema de detecção de desmatamentos em tempo real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), utilizado pelo governo federal como fonte oficial para combater os crimes ambientais no bioma.
Mapa produzido pelo Imazon mostra em vermelho os pontos de desmatamento detectados pelos técnicos do instituto.  (Foto: Divulgação)Mapa produzido pelo Imazon mostra em vermelho os pontos de desmatamento detectados pelos técnicos do instituto no mês de maio. (Foto: Divulgação)
Segundo Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon, o acumulado de 24% é preocupante e poderá aumentar se não houver um controle. "Mas ainda não significa que a derrubada da vegetação vai voltar a níveis estratosféricos. Até 2004, existia um desmatamento anual de 24 mil km². Entretanto, o governo deve ficar em alerta porque os índices que apenas caíam anualmente, agora, voltaram a subir", disse Veríssimo.
Municípios que mais desmataram a Amazônia Legal em maio de 2011 (Fonte: Imazon)
Altamira (PA) 22,2 km²
Porto Velho (RO) 13,4 km2²
Apuí (AM) 12,5 km²
Novo Progresso (PA) 11,6km²
Evolução
De acordo com o levantamento do Imazon, na avaliação dos últimos 10 meses o estado de Mato Grosso foi o que mais registrou desmatamento (saltou de 288 km² para 558 km², alta de 94%).
O Pará registrou decréscimo de 33% na devastação da floresta, mas ainda derrubou uma área equivalente a 19 vezes o tamanho da ilha de Fernando de Noronha (PE).
Segundo o pesquisador, em Rondônia, por exemplo, tem ocorrido derrubada da floresta por influência de obras federais como a construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira.
“Os municípios com grave situação de devastação da floresta no Pará também tem relação com a construção dos canteiros de obra da usina de Belo Monte, no rio Xingu. O município de Altamira, segundo o Imazon, foi responsável por desmatar 22 km² em maio deste ano”, afirmou Veríssimo.
De acordo com o pesquisador, o que tem acontecido também é uma derrubada da vegetação devido à especulação em volta do novo Código Florestal, que modifica as regras na legislação ambiental e rural do país. “É uma incerteza que tem gerado o desmatamento especulativo e não produtivo. Muita gente tem feito isso para garantir terra”, afirmou.
tópicos:

Reflorestar não resolverá problema do aquecimento global, diz estudo


20/06/2011 10h35 - Atualizado em 20/06/2011 10h35

Mesmo se todo planeta fosse reflorestado, temperatura cairia só 0,45 ºC.
Florestas são importantes na absorção de carbono, gás de efeito estufa.

Da France Presse
Apesar de que as florestas são importantes sumidouros de carbono, os projetos de reflorestamento só terão um impacto limitado no aquecimento global, destacou um estudo publicado neste fim de semana na revista científica "Nature Geoscience".
Vivek Arora, da Universidade de Victoria, no Canadá, e Alvaro Montenegro, da Universidade de St. Francis Xavier, também no Canadá, desenvolveram cinco modelos de reflorestamento durante
50 anos, de 2011 a 2060.
Os cientistas examinaram seus efeitos no solo, na água e no ar se a temperatura da superfície terrestre aumentasse 3º C em 2100 com relação aos níveis pré-industriais de 1850.
O resultado demonstra que mesmo se todas as terras cultivadas do mundo forem reflorestadas, isto só bastaria para reduzir o aquecimento global em 0,45 ºC no período 2081-2100. Isto se explica em particular porque precisa-se de décadas para que os bosques sejam suficientemente velhos para captar o CO2 que fica estancado durante séculos na atmosfera. Um reflorestamento de 50% das terras cultivadas só limitaria a elevação da temperatura em 0,25 ºC.
Evidentemente, nenhuma destas projeções é realista, uma vez que as terras cultivadas são essenciais para alimentar a população do planeta, onde em 2050 viverão 9 bilhões de pessoas.
Segundo os outros três modelos, reflorestar as regiões tropicais é três vezes mais eficaz para "evitar o aquecimento" do que fazê-lo em latitudes mais elevadas ou em regiões temperadas.
Os bosques são mais escuros do que as terras cultivadas e, portanto, absorvem mais calor. Plantar florestas em um solo coberto de neve ou de cerais de cor clara diminui o denominado "efeito albedo", que é a quantidade de luz solar refletida do solo para o espaço.
"O reflorestamento em si não é um problema, é positivo, mas nossas conclusões indicam que não é uma ferramenta para controlar a temperatura se gases de efeito estufa continuarem a ser emitidos como se faz atualmente", disse Montenegro.
O reflorestamento não pode substituir a redução de emissões de gases de efeito estufa", concluiu o estudo. O desmatamento, sobretudo nas selvas tropicais, é causador de 10% a 20% das emissões de gases de efeito estufa do planeta.
tópicos:

domingo, 19 de junho de 2011

Bandeiras hasteadas marcam fim de megaoperação na Mangueira

19/06/2011 10h51 - Atualizado em 19/06/2011 11h10

Policiais estenderam as bandeiras do Brasil e do RJ no alto do morro.
Não houve registro de confrontos na operação para instalar nova UPP.

Henrique Porto e Robson Bonin Do G1 RJ

Bandeiras hasteadas na Mangueira (Foto: Robson Bonin/G1)Policiais chegam ao alto do morro e fincam
bandeiras do Brasil e do estado do Rio
(Foto: Robson Bonin/G1)
Por volta das 10h40 deste domingo (19), policiais chegaram ao alto do Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio. Na localidade conhecida como Caixa D´Água, no Morro dos Telégrafos, que pertence à Mangueira, foram hasteadas duas bandeiras - uma do Brasil e outra do estado do Rio - que marcam o fim da megaoperação para a instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade.
Não houve registro de confrontos durante toda a operação, que começou às 6h e contou com a participação de 750 pessoas, entre elas centenas de policias e militares. As equipes tiveram também o apoio de 14 blindados das polícias e dos Fuzileiros Navais, além de quatro helicópteros, caminhões, motos, reboques e outros veículos. Pela primeira vez também foram usados rádios com GPS, que facilitaram a comunicação dos agentes com as equipes que ficaram num centro de operações montado na 111ª Cia. de Apoio de Material Bélico, próximo ao local.
Para o coronel Pinheiro Neto, que tem 27 anos de Polícia Militar, os agentes cumpriram seu papel. “O sentimento é de que o dever está sendo cumprido. A comunidade está receptiva à polícia, o que é significativo, e uma nova página do Rio de Janeiro está sendo cumprida com pacificação do Morro da Mangueira”.

COM HELICOPTEROS E BLINDADOS COMEÇA A OCUPAÇÃO DO MORRO DA MANGUEIRA

19/06/2011 06h21 - Atualizado em 19/06/2011 07h37

Ao todo, 750 pessoas participam da operação.
Ainda não há informações sobre confrontos na região.


Do G1 RJ

O Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio, começou a ser ocupado às 6h deste domingo (19) para instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, segundo informou por meio de nota oficial a Secretaria de estado de Segurança. Ainda não há informações sobre confrontos na região. Curiosos, alguns moradores acompanham a movimentação pelas janelas de suas casas. Pela primeira vez, a polícia usa rádios com GPS. Com isso, a movimentação dos agentes é acompanhada por equipes num centro de operações que foi montado na 111ª Cia. de Apoio de Material Bélico, próximo ao local.
Tem foto ou vídeo da operação? Envie para o VC no G1
A operação é coordenada pela Secretaria de Segurança, por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, com apoio da Marinha do Brasil (Corpo de Fuzileiros Navais), da Polícia Federal, do Corpo de Bombeiros, da Defensoria Pública do estado e da Prefeitura do Rio. A ação conta também com a colaboração do Exército e da Força Aérea Brasileira.
Mangueira (Foto: Robson Bonin/G1)Mais de 750 pessoas participam da operação
(Foto: Robson Bonin/G1)
Ao todo, mais de 750 pessoas participam da operação, que tem o apoio de 14 blindados das polícias e dos Fuzileiros Navais (entre Piranhas, Lagartas Anfíbio - Clanf e M-113), além de quatro helicópteros, caminhões, motos, reboques, ônibus, ambulâncias e outros veículos.
Além da Mangueira, as comunidades Morro dos Telégrafos, Candelária e Tuiuti também serão ocupadas. Quando inaugurada, a 18ª UPP fechará um conjunto de favelas que compreende todo o Complexo da Tijuca. Após a inauguração, 315 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e cerca de 1,5 milhão indiretamente.

Participam da incursão policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque), Companhia de Cães. Para impedir a movimentação de criminosos pela região policiais do 3º BPM (Méier), 4º BPM (São Cristóvão) e 6º BPM (Tijuca) farão o cerco a estas comunidades.
Homens da Corregedoria da PM e da Defensoria Pública participam da operação para atender a população em caso de queixas. Bombeiros e médicos estão de prontidão caso haja necessidade de atender feridos.
Os preparativos para instalação da UPP
A ocupação foi divulgada para evitar confrontos com traficantes. A preparação começou há alguns meses. Em maio, foi montada uma grande operação para combater o tráfico na região. Drogas e armas foram apreendidas e um túnel que era usado como rota de fuga por traficantes foi descoberto.
Mangueira (Foto: Robson Bonin/G1)Helicóptero sobrevoa a Mangueira
(Foto: Robson Bonin/G1)
A polícia acredita que o chefe do trafico no Morro da Mangueira, o Polegar, tenha fugido. O Disque Denúncia oferece R$ 2 mil de recompensa para quem der informações sobre o paradeiro do suspeito. Além da Mangueira também devem ser ocupados os morros Telégrafos e Parque Candelária.
Outras operações
No dia 17 de junho, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChq) fizeram uma operação numa área próxima à Mangueira. Os agentes estiveram no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Dois suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas foram presos e dois veículos recuperados. A polícia também achou um saco de drogas dentro de um pote de sorvete.

No dia 19 de maio, o Bope, com o apoio de quatro batalhões, fez uma operação no local, que envolveu 115 policiais militares. A incursão resultou na apreensão de drogas e a descoberta de um túnel de 200 metros, com revestimento e iluminação para abrigar traficantes. A mobilização foi ordenada pelo comando-geral da PM.
No dia 21, dois suspeitos foram baleados durante uma troca de tiros com o Bope, durante uma operação na comunidade. Cerca de 70 agentes participaram da ação, que também foi realizada no Morro Tuiuti.
No dia anterior, uma operação policial para coibir roubo e furto de veículos, na região de São Cristóvão até a comunidade da Mangueira, terminou com 12 motos e um carro apreendidos, duas pessoas presas e oito máquinas caça-níqueis apreendidas.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/fotos/2011/06/veja-fotos-da-ocupacao-policial-no-morro-da-mangueira.html

sábado, 18 de junho de 2011

PMs fazem manifestação e pedem salários iguais aos da polícia civil

17/06/11, 16:39

Associação reclama que policiais civis ganham quatro vezes mais e querem reunião com governador.
 
Os policiais militares e bombeiros do Piauí fizeram uma manifestação na tarde desta sexta (17) pedindo valorização profissional e equiparação salariam com os policiais civis. Segundo o capitão Evandro Rodrigues, coordenador do movimento, o governo do Estado reconheceu a importância da PM no período da greve dos civis.

Thiago Amaral/Cidadeverde.com


A Associação dos Oficiais vem realizando reuniões em todas as zonas de Teresina para explicar aos PMs como será o movimento que para melhorar as condições de trabalho. O capitão Evandro Rodrigues, presidente da associação, afirma que esse é um movimento pacífico, ordeiro e legalista.

Na tarde de desta sexta (17) eles se reuniram na Praça Pedro II, com a presença de cerca de 80 policiais. "Nós não vamos grevar, não vamos usar de violência. Nós só queremos mostrar o quanto a profissão é desvalorizada", declarou.




Os militares querem a equiparação dos salários com os policiais civis. "O policial civil ganha mais que o dobro de um PM", explicou.

A organização planeja uma grande assembleia, cuja data será divulgada no dia 30.

Nessa assembleia eles pretendem apresentar para o governo do Estado uma proposta de salário, pedidos de equipamentos de salário e medidas de valorização profissional.




"Resolvemos fazer essa manifestação nesse momento porque o governo e o secretário de Segurança, Robert Rios, reconheceram a importância da PM no Piauí quando a polícia civil estava em greve", declarou.

Marcha pela Liberdade reúne 1,5 mil na orla de Copacabana - Código Floretal e Bombeiros foram lembrados pelos manifestantes


18/06/2011 17h05 - Atualizado em 18/06/2011 18h18

Manifestantes pedem legalização da maconha e protestam contra homofobia.
Código Florestal e apoio aos bombeiros do Rio também foram abordados.

Bernardo Tabak Do G1 RJ
Marcha da Maconha no Rio de Janeiro (Foto: Bernardo Tabak/G1)Manifestantes seguiram do Posto 6, em Copacabana, ao Leme, pedindo liberdade (Foto: Bernardo Tabak/G1)
A Marcha pela Liberdade reuniu cerca de 1,5 mil pessoas na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, de acordo com policiais militares que acompanhavam a manifestação. Com muitos cartazes, máscaras e adereços, como flores de plástico e malabares, os manifestantes saíram por volta das 15h30 do Posto 6 em direção ao Leme. Ao longo do caminho, entoaram frases de protesto sobre os mais diversos assuntos: “Eu sou maconheiro, com muito orgulho, com muito amor!” e “Pode ser homem, pode ser mulher, eu amo quem eu quiser!” foram algumas das mais cantadas.
O protesto ocupou toda a faixa da direita da Avenida Atlântica, no sentido Leme. Policiais militares, guardas municipais e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) orientavam o trânsito, que ficou congestionado.
Marcha da Maconha no Rio de Janeiro (Foto: Bernardo Tabak/G1)Os cartazes continham várias reivindicações: legalização da maconha, do aborto, criminalização da homofobia e incentivos à cultura (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Na concentração, no Posto 6, o cineasta Ricardo Targino, um dos organizadores da marcha no Rio, pegou o megafone e deu o tom do protesto: “A nossa pauta é muito grande, e quer disputar espaço com os setores conservadores da nossa sociedade.” Targino ressaltou ainda que foi importante a decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação às marchas em todo o Brasil, reafirmando a “liberdade de reunião e de expressão de ideias”. “Somos gente disposta a discutir e debater outros reais possíveis. Temos a liberdade para tornar sonhos possíveis”, concluiu.
Óculos em formato da folha da maconha (Foto: Bernardo Tabak/G1)Beatriz Garcia e os óculos em formato da folha da
maconha (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Durante a passeata, pela Avenida Atlântica, novos cantos eram entoados: “1, 2, 3, 4, 5, mil, vamos legalizar a maconha no Brasil” e “Quem não pula quer censura”, cantado enquanto todos os manifestantes pulavam. “Eu acho que os brasileiros tem que se engajar, não só para legalizar a maconha, mas por todos os nossos direitos”, ressaltou a estudante de Jornalismo Beatriz Garcia, de 22 anos, usando óculos em formato da folha da maconha. “Se a gente não participar, nada muda no Brasil”, complementou.
A cineasta Louise Botkay, que divide o tempo entre Brasil e França, tinha chegado há quatro dias de Paris, e resolveu conferir a marcha. “Eu sabia pouco sobre a marcha. Como quase não há manifestações no Brasil, vim ver o que as pessoas estão fazendo”, disse. Louise esperava encontrar mais gente, e acredita que o pouco engajamento seja um traço da cultura, da personalidade do brasileiro. “Pode ser até uma certa preguiça. O brasileiro acostumou a engolir tudo e não conhece a própria força que tem”, ponderou ela.
Gringo que Fala veste a fantasia de Zé Carioca e pede justiça social (Foto: Bernardo Tabak/G1)Gringo que Fala veste a fantasia de Zé Carioca e
pede justiça social (Foto: Bernardo Tabak/G1)
“Na França, toda semana tem uma manifestação”, comparou Louise. Apesar da crítica construtiva, a cineasta aprovou o movimento. “O fato de já estar existindo essa marcha é maravilhoso”, destacou.
Um dos manifestantes se destacava entre os demais pela irreverência da fantasia. “Estou vestido de papagaio. É o Zé Carioca”, contou o americano, que se autointitula Grindo que Fala. “O Zé Carioca tem a ver tanto com o Brasil quanto com os Estados Unidos. Sendo de um país imperial, que já fez tanta besteira na América Latina, foi a forma que encontrei de pedir justiça social”, concluiu o gringo.